Bancos

Banco Central Europeu chega a acordo para nova meta de inflação de 2%

08 jul 2021, 7:32 - atualizado em 08 jul 2021, 7:32
O consenso surgiu em uma reunião especial na terça e quarta-feira para concluir a primeira revisão da estratégia do BCE em quase 20 anos (Imagem: REUTERS/Ralph Orlowski)

Autoridades do Banco Central Europeu concordaram em aumentar a meta de inflação para 2% e permitir margem para ultrapassá-la quando necessário, segundo pessoas a par do assunto.

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A decisão marca uma mudança significativa em relação à meta anterior de “abaixo, mas perto de 2%”, que algumas autoridades de política monetária consideravam muito vaga.

O consenso surgiu em uma reunião especial na terça e quarta-feira para concluir a primeira revisão da estratégia do BCE em quase 20 anos.

A estratégia reformulada pode dar às autoridades a justificativa para sustentar uma política monetária ultrafrouxa por mais tempo, enquanto se esforçam para reverter anos de inflação abaixo da meta, o que tem pesado sobre o potencial econômico da zona do euro.

Também será crucial para orientar as ações do banco central enquanto a economia se recupera da pandemia. Os membros do BCE devem debater após o verão como retirar as medidas de emergência, que incluem um programa de compra de títulos excepcionalmente flexível de 1,85 trilhão de euros (US$ 2,2 trilhões).

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Um porta-voz do BCE não quis comentar. O relatório ajudou impulsionar os títulos de governo europeus na manhã de quinta-feira. O rendimento dos títulos de 10 anos da Alemanha ampliou a queda para o menor nível em três meses.

A revisão também cobre uma ampla gama de outras questões de política monetária, como ajudar no combate à mudança climática, a interação das políticas fiscal e monetária, tendências de emprego e globalização.

A meta de inflação estava no centro da avaliação. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse no mês passado que, embora as autoridades tenham tratado a questão de forma simétrica – o que significa que estão comprometidos em responder igualmente a resultados muito baixos e muito altos -, a formulação atual pode ter tornado seu compromisso “confuso para observadores e para os mercados”.

O resultado aborda isso, buscando consolidar as expectativas de inflação de forma consistente com a nova meta entre investidores e o público em geral.

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 A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse no mês passado que, embora as autoridades tenham tratado a questão de forma simétrica – o que significa que estão comprometidos em responder igualmente a resultados muito baixos e muito altos (Imagem: Olivier Matthys/Pool via REUTERS)

“Certamente, você pensaria que isso deveria adiar ainda mais possíveis aumentos das taxas de juros no futuro, e também, na minha opinião, exigiria mais compras de ativos daqui para frente”, disse Jacob Kirkegaard, pesquisador sênior do German Marshall Fund.

“Mas, claro, a realidade é que mesmo uma meta como essa concede ao BCE potencialmente muita prudência.”

A abordagem do BCE será diferente da política de metas de inflação média que o Federal Reserve anunciou no ano passado após sua própria revisão, o que implica ultrapassar o objetivo de forma automática após períodos de fraqueza.

O presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, está entre os céticos em relação a tal abordagem. Ele disse que manter uma política frouxa quando a inflação real está acima da meta no médio prazo pode dar a impressão de que o banco central está deliberadamente mantendo os custos de financiamento do governo baixos, minando sua independência com o que é conhecido como dominância fiscal.

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Embora a inflação já tenha previsão de subir bem acima da meta no final deste ano, Lagarde e autoridades do BCE disseram repetidamente que a expectativa é de que os preços caiam abaixo do objetivo no médio prazo.

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