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Banco Central russo sinaliza aumento iminente dos juros devido à alta da inflação

06 out 2021, 11:28 - atualizado em 06 out 2021, 11:28
Banco Central da Russia
O banco central elevou sua taxa básica de juros cinco vezes neste ano, já que a inflação, sua principal área de responsabilidade, disparou para perto de 7,3%, nível visto pela última vez em meados de 2016 (Imagem: REUTERS/Maxim Shemetov)

O banco central da Rússia vai aumentar sua taxa básica de juros ante o patamar de 6,75% em sua reunião de 22 de outubro, sinalizou seu vice-presidente, Alexei Zabotkin, nesta quarta-feira, enquanto o banco se prepara para subir sua previsão para a inflação, que permanece bem acima da meta de 4%.

O banco central elevou sua taxa básica de juros cinco vezes neste ano, já que a inflação, sua principal área de responsabilidade, disparou para perto de 7,3%, nível visto pela última vez em meados de 2016, impulsionada pela fraqueza do rublo e pela alta mundial nos preços dos alimentos.

A recente elevação nos custos de energia na Europa representa riscos extras para os preços na Rússia devido à chamada “inflação importada”, disse Zabotkin em coletiva de imprensa.

Zabotkin disse que o banco central aumentará sua taxa básica de juros para controlar a inflação, acrescentando que os sinais da reunião de setembro do conselho ainda são relevantes.

“A taxa básica (de juros) vai seguir uma trajetória que retornará a inflação para 4%, a taxa básica será elevada o quanto for necessário para atingir essa meta”, disse Zabotkin nesta quarta-feira.

“Não pretendemos dar aos mercados quaisquer sinais adicionais hoje”, disse ele, acrescentando que a taxa básica de juros não chegará aos dois dígitos.

Em 22 de outubro, o banco também irá aumentar a previsão de inflação para este ano, ante atuais 5,7% a 6,2%, e revisará outras projeções econômicas, incluindo a trajetória de sua taxa básica de juros, disse Zabotkin.

A inflação recuará no próximo ano graças à política monetária mais rígida do banco, disse Zabotkin.

O banco central, que esperava o arrefecimento da inflação para 4,0% a 4,5% no final de 2022, informou nesta quarta-feira que vai estudar motivos para reduzir a meta de 4%. O banco mencionou outros países que possuem uma meta inferior.

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