Economia

Banco Central vai dar pausa em aperto monetário após alta de 0,5 pp em agosto, diz XP

05 jul 2022, 10:30 - atualizado em 05 jul 2022, 10:30
Banco Central Selic
No mês passado, o Copom aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual. (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

No início de agosto, os diretores do Banco Central se reúnem para decidir se seguem com o ciclo de altas de juros. Para a XP Investimentos, a Selic deve ter só mais um reajuste – de 0,5 ponto percentual, que vai elevar a taxa a 13,75% ao ano.

Na ata da reunião passada, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) já tinha adiantado que poderia promover um novo ajuste, de igual ou menor magnitude do visto em junho (que foi de 0,5 pp).

Em seu relatório, a XP afirma que os juros altos devem se manter até meados do ano que vem. “Continuamos vendo cortes de juros em 2023, mas agora apenas a partir da reunião de maio (prevíamos redução a partir de março, em nosso cenário anterior). A deterioração recente das perspectivas fiscais e os números de atividade econômica acima do esperado são de fato consistentes com uma política monetária mais restritiva por mais tempo.”

Os analistas da corretora mantiveram a projeção de taxa Selic em 13,75% no final de 2022, mas elevou de 8,75% para 9,25% a expectativa para o final de 2023.

PIB e Inflação

A XP revisou suas projeções para outros indicadores macroeconômicos. O Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo, deve crescer 2,2% neste ano – ante a expectativa inicial de 1,6%. O que puxou essa visão positiva é a melhora da taxa de desemprego e indicadores da atividade econômica.

“A economia brasileira permaneceu em rota de recuperação nos últimos meses, com melhoria disseminada entre os principais setores. Entre as razões, o aumento da mobilidade (com o relaxamento de restrições ligadas à pandemia), preços de commodities em patamares ainda elevados e expansão dos investimentos de governos estaduais.”

Já a inflação foi revisada de 9,2% para 7,0%, em 2022. Mas a expectativa de alta nos preços para o ano que vem aumentou de 4,5% para 5,0%. “Para além do efeito imediato dos cortes temporários de impostos, as medidas de expansão fiscal trazem dúvidas acerca da sustentabilidade das contas públicas, o que deve manter expectativas de inflação de médio prazo pressionadas.”

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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