Economia

Banco Central vê peso reduzido de impacto de diferencial de juros para volatilidade do câmbio

25 mar 2021, 9:16 - atualizado em 25 mar 2021, 9:16
BCB Copom
Entre os fatores correlacionados à volatilidade, o exercício feito pelo BC conclui que alguns dos mais relevantes são o expressivo aumento de negócios de minicontratos de dólar no país (Imagem: Agência Brasil/Marcelo Casal Jr)

O Banco Central avalia que a maior volatilidade na taxa de câmbio brasileira observada desde o final do primeiro bimestre de 2020 deve-se a fatores domésticos e externos, mas o entendimento é que o diferencial de juros tem tido um peso relativamente pequeno no fenômeno.

É o que mostra boxe do mais recente Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira, em que o BC destacou que os aumentos na volatilidade cambial “contribuem para maior incerteza macroeconômica, prejudicando a formação de expectativas dos agentes econômicos em relação ao futuro da economia e à condução apropriada de políticas públicas”.

“Um câmbio volátil desincentiva investimentos externos e prejudica importadores e exportadores ao dificultar o planejamento dos agentes econômicos”, diz o documento.

Entre os fatores correlacionados à volatilidade, o exercício feito pelo BC conclui que alguns dos mais relevantes são o expressivo aumento de negócios de minicontratos de dólar no país, a maior volatilidade cambial observada em países emergentes e o aumento do índice de volatilidade baseado em opções sobre ações do índice S&P 500, dos EUA.

No caso do diferencial de juros –diferença entre a taxa básica de juros praticada no país e a média dos juros nas principais economias–, o BC nota que, no período observado, a relação caiu 0,32 ponto percentual, o que deveria gerar um aumento de apenas 0,13 ponto na volatilidade. “Entretanto, nesse período, a volatilidade do câmbio aumentou 9,77 p.p., de 10,98% para 20,75%”, diz o BC.

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