Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao radar dos investidores

O Banco do Brasil (BBAS3) sofreu — e ainda sofre — na bolsa diante da queda dos resultados. Porém, ao que tudo indica, o banco aos poucos volta ao radar dos investidores, com a expectativa de que o pior já tenha ficado para trás.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Bank of America (BofA) com 34 investidores locais e globais, entre os dias 13 e 17 de outubro, o banco ganhou exposição dos participantes.
Apesar disso, segundo o levantamento, para os investidores, a melhora do NPL (Non-Performing Loans, ou empréstimos em atraso e com baixa probabilidade de pagamento) será fundamental para sustentar o desempenho do banco.
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A alta da inadimplência, principalmente no agronegócio, foi um dos principais vilões dos resultados do Banco do Brasil.
Cerca de metade dos investidores estima um lucro líquido entre R$ 25 bilhões e R$ 28 bilhões para 2026.
Bradesco e Nubank ganham pontos
Além do BB, os investidores também estão aumentando exposição em Bradesco (BBDC4) e Nubank (NU). O banco de Osasco aparece agora como o terceiro favorito, enquanto o roxinho vem logo em seguida.
“A maioria dos investidores espera que NU e BBDC registrem os resultados mais fortes no terceiro trimestre”, destaca o relatório.
A maioria dos entrevistados vê o ROE (Return on Equity, ou retorno sobre o patrimônio líquido) como um impulsionador-chave para o Bradesco; 65% dos investidores esperam um ROE sustentável entre 16% e 18%.
No caso do Nubank, o crescimento das operações no México continua sendo o principal motor, segundo cerca de 70% dos investidores.
Ainda favoritos
BTG Pactual (BPAC11) e Itaú Unibanco (ITUB4) apresentaram quedas modestas na alocação, mas continuam sendo as duas ações mais presentes nas carteiras do setor financeiro.
Enquanto isso, houve queda na exposição em BB Seguridade (BBSE3) e XP (XPBR31).
A alocação também diminuiu para Inter (INTR3), B3 (B3SA3) e Porto (PSSA3), “provavelmente refletindo a desaceleração dos lucros no trimestre”, conclui o levantamento.
A pesquisa também revela que os investidores estão mais pessimistas com o Ibovespa, o que explica a preferência por bancos em relação a outros setores.