Comprar ou vender?

Banco do Brasil pode engordar dividendos com venda de participação do Banco BV

08 jul 2021, 21:50 - atualizado em 08 jul 2021, 21:55
Banco BV
Uma possível venda do BV poderia impactar diretamente o Banco do Brasil, já que o BB possui 50% de participação na empresa (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

A possível venda do BV, que pertence ao Votorantim e ao Banco do Brasil (BBSA3), para o PagSeguro (PAGS) animaram os mercados nesta quinta-feira (8).

Com a notícia, as ações em Nova York da PagSeguro fecharam em baixa de cerca de 8%. Mais cedo, após a divulgação da notícia pelo Brazil Journal, os papéis chegaram recuar 18,17%. O BDR da empresa despencou 7,7%.

O Brazil Journal citou duas fontes com conhecimento do assunto para afirmar que o valor do negócio seria de cerca de R$ 16 bilhões, R$ 8 bi só para a estatal.

Uma possível venda do BV poderia impactar diretamente o banco, já que o BB possui 50% de participação na empresa.

“Se verdadeira e concretizada, a negociação seria acretiva em múltiplos para os acionistas do banco”, aponta os analistas da XP Investimentos Marcel Campos, Artur Alves e Matheus Odaguil.

O trio argumenta que a venda melhoraria a sua base de capital, que vem travando o crescimento do payout de dividendos (40% ante a média da indústria maior que 50%) nos últimos anos.

“Caso a negociação se concretize, o banco poderia potencialmente aumentar seu payout e trazer um dividend yield interessante para investidores de 12% em 2022”, afirmam.

O Banco do Brasil tenta vender sua participação no BV há pelo menos dois anos. O BV chegou a encaminhar neste ano um pedido para realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO), mas cancelou o pedido em abril.

Em comunicado enviado à imprensa após o fechamento dos mercados, o BV negou a existência de negociações com a PagSeguro.

“O Banco Votorantim…, e seus acionistas, Banco do Brasil e Votorantim Finanças, negam as recentes notícias sobre a venda do BV”, afirmou a instituição.

“O BV e seus acionistas se mantêm engajados na sua agenda estratégica, buscando a diversificação em seus negócios”, completou.

Com Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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