People’s Bank of China

Banco do Povo da China intensificará flexibilização, mas não seguirá Federal Reserve

08 abr 2020, 10:05 - atualizado em 08 abr 2020, 10:05
Banco do Povo da China, em Pequim
O Banco do Povo da China impulsionará o crédito e reduzirá os custos de financiamento, especialmente para pequenas empresas (Imagem: Reuters/Kim Kyung-Hoon)

O banco central da China intensificará sua flexibilização da política monetária para apoiar sua economia devastada pelo coronavírus, mas preocupações com a dívida e riscos imobiliários impedirão que ele siga os cortes acentuados de juros do Federal Reserve ou movimentos de afrouxamento quantitativo, disseram fontes.

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Os líderes da China prometeram combater o impacto da pandemia, que parece ter levado a segunda maior economia do mundo à sua primeira contração trimestral em pelo menos 30 anos, já que a crescente perda de empregos representa uma ameaça à estabilidade social.

O Banco do Povo da China impulsionará o crédito e reduzirá os custos de financiamento, especialmente para pequenas empresas, vistas como vitais para o crescimento e o emprego, e acomodará o aumento dos gastos fiscais, segundo três fontes envolvidas em discussões internas de política monetárias. As fontes se recusaram a ser nomeadas devido à sensibilidade do assunto.

O banco central disse na sexta-feira que estava cortando sua taxa de compulsório – a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas – pela terceira vez este ano, e reduziu a taxa de juros sobre as reservas excedentes dos bancos pela primeira vez desde 2008.

O banco central dependerá amplamente de uma combinação de ferramentas de política de liquidez para apoiar a economia, como a taxa de compulsório e várias ferramentas de empréstimo, bem como ferramentas baseadas em preços, incluindo várias taxas de mercado e sua taxa básica de juros, disseram as fontes.

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“O banco central intensificará a flexibilização da política monetária, mas é impossível seguir o Federal Reserve”, disse uma das fontes. “Ele adotará uma abordagem passo a passo e reservará alguma munição.”

O banco central intensificará a flexibilização da política monetária, mas é impossível seguir o Federal Reserve, afirma fonte especializada (Imagem: Reuters/Chris Wattie)

O Banco do Povo da China e o Ministério das Finanças não responderam imediatamente aos pedidos da Reuters de comentários.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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