Comprar ou vender?

Banco Inter é como uma árvore que cresce e não dá frutos, dizem analistas

23 maio 2020, 22:16 - atualizado em 24 maio 2020, 19:29
Banco Inter
“Apesar dos avanços operacionais capazes de encher os olhos e sustentar uma tese de crescimento, ainda há pouca desenvoltura na rentabilização da base de clientes”, dizem os analistas (Imagem: Site do Banco Inter)

O Banco Inter (BIDI4) surpreende o mercado, mês a mês, com a enorme capacidade de conquistar clientes a um custo baixo, mas não consegue atrair a mesma admiração para o resultado financeiro. “É uma árvore cada vez maior, mas nada de frutos”, avaliam os analistas do BB Investimentos.

Segundo Rafael Reis e Wesley Bernabé, apesar dos avanços operacionais capazes de encher os olhos e sustentar uma tese de crescimento, ainda há pouca desenvoltura na rentabilização da base de clientes.

O banco entregou um prejuízo de R$ 8,5 milhões no primeiro trimestre de 2020, uma reversão em comparação com os R$ 24,7 milhões de lucro no final do ano passado. Na conciliação gerencial, explica o BB, o resultado passa a ser um lucro de R$ 11 milhões.

“Ao passo que o mundo migra para a nuvem na ascensão do pós-digital, os desafios que entendemos estarem no caminho do Inter de fato se mostram velhos conhecidos da indústria: a inadimplência (que no Inter já opera acima dos pares), que pode se agravar a depender da extensão e profundidade da crise, e a definitiva aceleração na conversão da crescente base de clientes em receitas mais consistentes, pouco provável de ser destravada esse ano”, destacam.

Reis e Bernabé possuem uma recomendação neutra para os papéis preferenciais, com preço-alvo de R$ 11,90.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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