Bancos

Banco Master: Campos Neto minimiza risco sistêmico e impacto ao setor financeiro

28 out 2025, 9:31 - atualizado em 28 out 2025, 9:31
pix campos neto
Ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto, diz que Banco Master não representa risco sistêmico, mas ressalta atenção à imagem do setor. (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o caso envolvendo o Banco Master não representa um risco sistêmico para o sistema financeiro brasileiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em entrevista à GloboNews na segunda-feira (27), o atual vice-chairman e chefe global de políticas públicas do Nubank destacou, embora o episódio exija atenção em termos de imagem do setor, a solidez do sistema e a atuação técnica das autoridades monetárias permanecem robustas.

“O Banco Central tem feito um trabalho técnico, tem analisado de forma muito criteriosa e tenho muita confiança nas pessoas que estão lá fazendo esse trabalho”, afirmou Campos Neto. “Não tem risco sistêmico, tem um risco sim de imagem”, completou.

O ex-presidente do BC comentou ainda que tomou conhecimento das negociações do Banco de Brasília (BRB) para a compra do Master apenas por meio da imprensa. Segundo ele, a aquisição, que acabou sendo vetada pelo Banco Central, não chegou a ser tratada durante sua gestão.

  • CONFIRA: Veja os ativos mais recomendados por grandes bancos e descubra como diversificar sua carteira com as escolhas favoritas do mercado; acesse gratuitamente

Entenda a crise do Banco Master

Os problemas do Banco Master começaram no fim de março, quando o conselho do BRB aprovou a compra de 58% do capital do banco, em uma operação estimada em cerca de R$ 2 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A aquisição era vista como uma solução para o Master, liderado por Daniel Vorcaro e conhecido pelo alto custo de captação. O banco emitia CDBs com remuneração até 40% acima da taxa básica do mercado e possuía investimentos considerados de alto risco em precatórios e empresas em dificuldade.

Diante da situação, órgãos de controle passaram a acompanhar a operação. O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) solicitou esclarecimentos sobre as condições da compra, enquanto o Ministério Público de Contas do DF (MPCDF) pediu acesso completo ao processo administrativo da aquisição.

No início de maio, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) suspendeu a assinatura do contrato por ausência de aprovação da Assembleia de Acionistas e falta de autorização legislativa. Posteriormente, a decisão foi revertida em segunda instância, permitindo que o BRB assinasse o contrato definitivo.

Em junho, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou o acordo sem restrições, alegando que a operação não representava riscos significativos à concorrência.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No entanto, em setembro, o Banco Central vetou a compra, citando falta de viabilidade econômica e risco relacionado à sucessão, já que o BRB precisaria assumir integral ou parcialmente operações desconhecidas do Master.

Atualmente, o Master enfrenta compromissos financeiros significativos: a instituição precisa de aproximadamente R$ 300 milhões em outubro para honrar o fluxo de pagamentos de seus CDBs, e mais de R$ 1 bilhão nos meses de novembro e dezembro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
Linkedin
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar