Internacional

Banco Mundial eleva projeção do PIB da China para 4,8% em 2025, mas prevê desaceleração no próximo ano

07 out 2025, 4:55 - atualizado em 07 out 2025, 4:55
china EUA tarifas Na fixação mensal desta segunda-feira, a China manteve a taxa primária de empréstimo de um ano (LPR) em 3,1%, enquanto a LPR de cinco anos ficou em 3,6%
(Imagem: Getty Images Signature/Canva Pro)

O Banco Mundial elevou sua projeção de crescimento para a China em 2025 para 4,8% e também aumentou suas estimativas para grande parte da região, mas alertou sobre uma perda de impulso no próximo ano, citando a baixa confiança de consumidores e empresas e enfraquecimento dos novos pedidos de exportação.

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Ao publicar, nesta terça-feira (7), sua perspectiva econômica semestral para a região do Leste Asiático e Pacífico, o Banco Mundial afirmou que agora espera que a China cresça 4,2% em 2026, após prever em abril um crescimento de 4,0% tanto para este ano quanto para o próximo.

“O crescimento na China, a maior economia da região, deverá desacelerar devido à esperada redução nas exportações, à provável diminuição dos estímulos fiscais diante do aumento da dívida pública, além de uma desaceleração estrutural contínua”, escreveram os autores do relatório.

O Banco Mundial estimou que o restante da região do Leste Asiático e Pacífico deverá crescer 4,4% em 2025, uma revisão de 0,2 ponto percentual para cima, mas manteve sua previsão de crescimento de 4,5% para 2026.

A instituição atribuiu o baixo dinamismo ao aumento das barreiras comerciais, à incerteza nas políticas econômicas globais e à desaceleração do crescimento mundial, destacando ainda a imprevisibilidade política e regulatória em países como Indonésia e Tailândia, que têm contribuído para aumentar a pressão.

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“As empresas adotam uma postura de ‘esperar para ver’, adiando ou reduzindo os investimentos em capital”, afirmou o relatório.

O crescimento econômico global tem enfrentado pressões neste ano devido a mudanças significativas nas políticas econômicas dos Estados Unidos. A Ásia, lar de importantes economias voltadas à exportação, tem sido diretamente impactada pelas políticas comerciais imprevisíveis do presidente norte-americano Donald Trump.

Dados divulgados em setembro mostraram que a produção industrial e as vendas no varejo da China registraram o crescimento mais fraco em quase um ano, somando-se a outros indicadores que sugerem que a economia ainda está longe de uma recuperação sólida.

Analistas esperam que Pequim implemente novos estímulos para evitar uma desaceleração acentuada na segunda maior economia do mundo e ajudar o governo a alcançar sua meta anual de crescimento de “cerca de 5%”.

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O Banco Mundial também recomendou que os países mantenham o foco em perspectivas de longo prazo, observando que apoios fiscais para impulsionar o crescimento de curto prazo podem gerar benefícios menos duradouros do que reformas estruturais internas mais profundas.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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