Economia

Banco Mundial reduz estimativa de crescimento econômico do Brasil para 2026

07 out 2025, 8:03 - atualizado em 07 out 2025, 8:03
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Brasil mantém crescimento em 2025, enquanto América Latina desacelera; Banco Mundial alerta para inflação, endividamento e desafios estruturais. (Imagem: sefa ozel/Getty Images Signature)

O Banco Mundial aumentou sua estimativa para o crescimento econômico da América Latina e do Caribe em 2026, embora a região continue sendo a de crescimento mais lento do mundo, devido à inflação persistente, ao alto endividamento e às crescentes incertezas geradas pelas políticas tarifárias dos Estados Unidos.

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A economia da região deve crescer 2,5% no próximo ano, acima da previsão de junho, de 2,4%, informou o Banco Mundial. Sua estimativa para este ano permaneceu em 2,3%, o que representaria uma ligeira melhora em relação aos 2,2% de 2024.

A previsão para o Brasil em 2025 permaneceu em 2,4%, com crescimento desacelerando para 2,2% no próximo ano. Espera-se agora que a economia do México tenha expansão de 0,5% este ano, acima da projeção de junho, de 0,2%, com crescimento acelerando para 1,4% em 2026.

“Os governos da região têm conduzido suas economias através de repetidos choques, preservando a estabilidade”, disse Susana Cordeiro Guerra, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe.

“Agora é o momento de continuar a construir sobre essa base, acelerando as reformas para melhorar o clima de negócios, investir em infraestrutura favorável e mobilizar o capital privado.”

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A Argentina continua sendo a economia de crescimento mais rápido entre as maiores da região, mas sua estimativa para 2025 foi a mais reduzida, de 5,5% para 4,6%. Para 2026, o Banco Mundial prevê desaceleração do crescimento para 4%.

A economia da Bolívia agora é projetada em contração neste ano e no próximo, apresentando desafios para o vencedor do segundo turno da eleição presidencial marcada para 19 de outubro.

O Banco Mundial afirmou que, embora haja expectativa de preços estáveis, as metas de inflação se tornaram mais difíceis de serem atingidas e as taxas de juros estão caindo mais lentamente. A incerteza sobre as políticas comerciais globais — em função das tarifas impostas pelos Estados Unidos — tem pressionado os investimentos em todos os setores.

O relatório observou que barreiras conhecidas, como infraestrutura deficiente, viés em favor de empresas estabelecidas e educação insuficiente em todos os níveis, estão inibindo o empreendedorismo e o crescimento das grandes empresas.

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“As empresas querem contratar mais pessoas, mas não conseguem encontrar trabalhadores”, disse William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe.

“E é uma combinação do sistema escolar e do sistema de treinamento que não está cumprindo esse papel corretamente.”

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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