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Bancos da China requerem US$ 940 bi em capital extra até 2024

26 ago 2020, 9:44 - atualizado em 26 ago 2020, 9:44
China
O lucro somado dos mais de 1.000 bancos comerciais da China sofreu a maior queda em pelo menos uma década no segundo trimestre (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

Faltam aos quatro maiores bancos da China trilhões de yuans para cumprir exigências globais de capital estabelecidas para proteger o público e o sistema financeiro contra grandes falências de bancos, alertou a S&P Global Ratings.

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Industrial and Commercial Bank of China, Bank of China, China Construction Bank e Agricultural Bank of China — todos considerados importantes do ponto de vista sistêmico global — tiveram no ano passado falta de 2,25 trilhões de yuans (US$ 323 bilhões) para atingir a capacidade de absorção de perda total, afirmou relatório divulgado pela S&P nesta quarta-feira.

O montante pode chegar a 6,51 trilhões de yuans até 2024, à medida que a pandemia destrói a possibilidade de geração de lucros dessas organizações, acrescentou a agência de classificação de risco.

“A sincronização dos quatro grandes bancos com padrões globais de absorção de perdas é um tema importante para os investidores porque influencia a estrutura de capital, o custo de captação e, relevantemente, o mecanismo de suporte extraordinário”, escreveu o analista Michael Huang no estudo.

O lucro somado dos mais de 1.000 bancos comerciais da China sofreu a maior queda em pelo menos uma década no segundo trimestre, diante do aumento dos créditos de recebimento duvidoso para o maior patamar em registro.

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Os grandes bancos estatais estiveram entre os mais atingidos, tendo sido convocados pelo governo para salvar a economia e ajudar pequenas empresas. As autoridades incentivaram bancos a captar recursos e fortalecer o capital para proteção adicional.

Nos mercados emergentes, os bancos globais sistemicamente importantes devem ter passivos e instrumentos disponíveis para “salvar” o equivalente a pelo menos 16% dos ativos ponderados pelo risco em 1º de janeiro de 2025, parcela que subirá para 18% em 2028, segundo determinação do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB), criado pelo Grupo dos 20. Nos mercados desenvolvidos, os bancos cumpriram a primeira fase em 2019.

Esse cronograma pode ser adiantado sob certas condições. Os bancos chineses estão atrás do resto do mundo em termos de implementação.

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