Política

Bancos de desenvolvimento podem acelerar a recuperação econômica verde

14 dez 2020, 19:16 - atualizado em 14 dez 2020, 19:16
Meio ambiente
Atuação é consenso de participantes do Diálogos Futuro Sustentável (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

Os bancos de desenvolvimento terão papel chave para acelerar a recuperação econômica verde no novo contexto pós-pandemia do novo coronavírus (covid-19), que una desenvolvimento e descarbonização – processo de redução das emissões de gás carbônico na atmosfera. Esse foi o consenso do último debate do ano da série Diálogos Futuro Sustentável, realizada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) e pela Embaixada da República Federal da Alemanha no Brasil.

A diretora para a América Latina e Caribe do Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW), Claudia Arce, disse que apesar de a reunião que culminou na assinatura do Acordo de Paris, em 2015, ter contado com a participação de todos os países do mundo, e não só as nações mais desenvolvidas, “estamos muito longe de atingir os objetivos globais” descritos no documento.

Para a diretora, uma consciência climática vem crescendo na juventude alemã e na comunidade empresarial, no sentido da proteção ambiental e da transformação das tecnologias futuras.

Claudia Arce disse que a União Europeia estabeleceu metas climáticas ambiciosas, com redução de 50% das emissões até 2030. “Talvez se consiga uma descarbonização maciça da sociedade”, disse.

A diretora do KfW para América Latina e Caribe acredita que a taxonomia, processo de classificação dos investimentos que contribuem significativamente para a sustentabilidade, definido este ano pela União Europeia, e que passa a valer a partir de janeiro de 2021, poderá dar um impulso muito importante para a recuperação econômica verde.

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Amazônia

Claudia Arce lembrou que há muito tempo o KfW tem linhas especiais de financiamento voltadas para a Amazônia. A mais conhecida é o Fundo Amazônia, alimentado com recursos da Noruega e da Alemanha. São linhas de proteção do meio ambiente, reflorestamento, assistência técnica a comunidades locais e de proteção da floresta. A diretora explicou que muitos dos projetos estão parados, no momento, em função da atuação do governo brasileiro. Ela disse que  a vontade política para a proteção da Amazônia é um ponto importante para a cooperação contínua com bancos de desenvolvimento europeus.

agencia.brasil@moneytimes.com.br