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Bancos registram maior queda no lucro dos últimos 21 anos, afirma Economatica

18 fev 2021, 8:15 - atualizado em 18 fev 2021, 9:17
SANB3 Santander Bancos
O maior lucro da história dos bancos foi em 2019 com R$ 85,1 bilhões com valores ajustados pelo IPCA até dezembro de 2020 ou R$ 81,5 bilhões em valores nominais (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

O lucro dos quatro maiores bancos brasileiros registrou queda de 24,4% em 2020, valor que não era visto desde os anos 2000, de acordo com a pesquisa realizada pela Economatica.

O valor totalizou R$ 61,6 bilhões, que representa ainda, com valores ajustados pela inflação medida pelo IPCA, um recuo é de -26,67%.

De acordo com o levantamento, antes desse período, a maior queda havia sido em 1995 e refletiu o reconhecimento de perdas que o Banco do Brasil (BBAS3) fez nos anos de 1994 e 1995. Em 1995 a queda foi de R$ 3,3 bilhões ou -735% com relação a 1994.

Por sua vez, o maior lucro da história dos bancos foi em 2019 com R$ 85,1 bilhões com valores ajustados pelo IPCA até dezembro de 2020 ou R$ 81,5 bilhões em valores nominais.

(Imagem: Divulgação/Economatica)

A mediana do ROE, que é calculada pelo resultado do lucro líquido dividido pelo patrimônio líquido médio, dos quatro maiores bancos brasileiros em 2020 é de 12,06%, que é o menor valor já registrado desde 1995 quando a mediana do ROE foi de 10,56%.

(Imagem: Divulgação/Economatica)

Bancos

A pesquisa relevou que, individualmente, o Santander (SANB11) registrou a menor queda no lucro do ano, com -5,02%, enquanto o Banco do Brasil ficou com a maior queda, de -30,09%.

O Santander também obteve o melhor desempenho de ROE, com 17,9%, segundo melhor registro do banco na história. Banco do Brasil, Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) estão tecnicamente empatados com 12,1%, 12,0% e 11,5%, respectivamente.

O Banco do Brasil e Itaú Unibanco registram as maiores quedas de ROE entre 2019 e 2020 com -7,5 e 7,2 pontos percentuais, respectivamente. O Bradesco registra queda de 5,7 pontos percentuais e o Santander de 3,1 pontos percentuais.

Pensando em ativos totais das empresas, o maior crescimento percentual em 2020 com relação a 2019 é do Itaú Unibanco com 21,5%, seguido pelo Banco do Brasil com 17,45%, Bradesco 17,06% e Santander 16,89%.

No total, o ativo consolidado dos bancos em 2020 é de R$ 6,43 trilhões, crescimento de 18,56% com relação ao ano de 2019. Este é o maior crescimento percentual desde o ano de 2008 quando os ativos cresceram 75,6%.

Valor de mercado

O valor de mercado das empresas em 12 de fevereiro de 2021 é de R$ 716 bilhões, demonstrando queda de -24,78% com relação a dezembro de 2019. No ano de 2020 a queda é de -16,37% e em 2021 até 12 de fevereiro de -10,06%.

O Banco do Brasil com -36,05% tem a maior queda percentual de valor de mercado entre dezembro de 2019 e 12 de fevereiro de 2021, Bradesco com queda de -25,46%, Itaú Unibanco com -23,32% e Santander com queda de -17,15%.

Dividendos e JCPs

O volume de dividendos e JCPs que foram distribuídos pelos bancos em 2020 é de R$ 29,7 bilhões, 48,69% inferior ao do ano de 2019.

Entre eles, o Bradesco tem o menor valor distribuído com R$ 1,43 milhão, que é o menor do período analisado e que representa queda de -91,93% com relação ao ano de 2019.

O Itaú Unibanco tem a segunda maior queda com – 53,88% e Banco do Brasil com queda de -14,75%. O Santander é o único banco que registrou crescimento de 45,66% na distribuição.

(Imagem: Divulgação/Economatica)

Confira o estudo completo:

Jornalista | Analista de Marketing
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