Economia

Bandeira da paz: O número que faz a Anfavea ‘fazer as pazes’ com Campos Neto

05 set 2023, 19:38 - atualizado em 05 set 2023, 19:38
Anfavea carros
Tradicional entrevista com Márcio de Lima Leite comentou os resultados do setor automobilístico em julho

A Anfavea comemorou o aumento das operações de crédito para a aquisição de veículos por pessoas físicas durante o mês de julho.

Em coletiva concedida nesta terça-feira (5), a entidade, que representa as fabricantes brasileiras, destaca um aumento de 22% no uso do financiamento no mês de julho para veículos, usando por base de comparação o mesmo mês de 2022. O dado é, originalmente, do próprio Banco Central brasileiro.

A diretoria da Anfavea vê nesse aumento uma influência direta do ciclo de afrouxamento dos juros no país, fato que já vinha sendo colocado por certo mesmo antes do corte de 0,50 ponto percentual anunciado em agosto. “É muito pouco, mas é uma sinalização positiva”, disse Márcio de Lima Leite na coletiva.

A entidade vinha se opondo à resistência do Banco Central em cortar a taxa-base de juros do Brasil, a Selic. Agora, com a sinalização de novas reduções, a entidade vê condições para que o setor automobilístico volte a se recuperar.

Leite também comemorou que nenhum novo pátio paralisou a produção em agosto, com exceção das montadoras que já vinham desempenhando suas atividades de maneira parcial. Este é o caso de unidades de GM, Volkswagen e Renault.

Anfavea: produção e vendas em sentido opostos, após “MP dos carros populares”

Agosto foi o primeiro mês do setor automobilístico, após o fim da MP dos carros populares. E, como era de se esperar, o fim das vantagens tributárias cobrou seu preço, com uma redução no número de vendas.

Apesar do recuo no desempenho das vendas, o número veio dentro da margem esperada pela entidade, trazendo ainda o segundo maior volume de 2023.

Leite também fez uma avaliação positiva da produção dos veículos, que subiu 24% no mês após o ajuste de estoques em julho.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.