AgroTimes

Bank of America vê ‘caminho certo’ para Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3), mas corta preço-alvo de uma delas

29 maio 2025, 16:27 - atualizado em 29 maio 2025, 17:48
Cosan raízen csan3 raiz4
(Montagem: MoneyTimes)

Bank of America acredita que a gestão de passivos da Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) está em andamento e no caminho certo, e acredita que as companhias devem ter sucessos.

Para as analistas Isabella Simonato e Julia Zaniolo, a reestruturação de passivos está em grande parte concluída e o foco permanece na venda de ativos, o que pode ser um gatilho importante para destravar o valor das ações.

O banco reforça compra para Cosan (preço-alvo de R$ 14 e potencial de alta de 77%) e Raízen, mas com novo preço-alvo para subsidiária, saindo de R$ 3 para R$ 2,70, refletindo os resultados mais recentes, o processo de gestão de passivos e a nova orientação da Raízen.

Nesta quinta-feira (29), CSAN3 subiu 2,07%, a R$ 8,40 e RAIZ4 teve alta de 1,02%, a R$ 1,99.

A visão do BofA para reestruturação de Cosan e Raízen

Após 6 meses da reestruturação da gestão, ambas as empresas estão focadas exclusivamente na redução da dívida, ao mesmo tempo em que alongam os vencimentos para reduzir o risco de liquidez.

“Esperamos que as empresas tenham sucesso, dado o time sólido, a qualidade dos ativos e as iniciativas já anunciadas. Ressaltamos que o cronograma ainda é incerto, principalmente em relação à venda de ativos, mas esse é um foco claro da gestão. Ainda assim, acreditamos que as vendas ocorrerão eventualmente, possivelmente desencadeando uma reavaliação das ações”, explicam.

O banco lembra que os dois últimos trimestres marcaram uma mudança de rota na Cosan e na Raízen. Com o dinheiro levantado na venda da participação na Vale (VALE3), a Cosan recomprou dívidas e ações preferenciais.

A dívida líquida foi reduzida em R$ 6 bilhões, enquanto a empresa alongou os prazos e reduziu o custo para CDI+0,91%. “O foco foi a liquidez de curto prazo, e, segundo a gestão, a maior parte do processo foi concluída”.

Por outro lado, a Raízen teve um quarto trimestre da safra 2024/2025 (4T25) ainda mais desafiador. Além de resultados operacionais fracos, a dívida bruta aumentou R$ 5,2 bilhões para cobrir um consumo de capital de giro de R$ 7,1 bilhões, impactado pela substituição de adiantamentos a clientes e operações de forfait.

“Apesar de esperarmos mais um ano de consumo de caixa para a Raízen, o capex deve diminuir, e a gestão prevê ganhos de eficiência a partir do ano fiscal de 2027.”

Os avanços para vendas de ativos

Na avaliação do Bank of America, os ajustes nos balanços das empresas estão em grande parte concluídos e o desafio fica por encontrar compradores/parceiros para os ativos.

“Durante a teleconferência da Cosan sobre o primeiro trimestre de 2025 (1T25), a gestão mencionou estar em discussões avançadas para algumas de suas iniciativas de M&A, mas decidiu não vender participações na Rumo (RAIL3) e na Compass  No caso da Raízen, a venda de ativos deve ser mais significativa e incluir usinas de moagem, mas a entrada de caixa mais relevante deve vir da venda do negócio de distribuição de combustíveis na Argentina“. 

Apesar do tamanho do ativo, veículos de imprensa indicaram que Trafigura e Glencore podem ser potenciais compradores.

“Estimamos que a venda da distribuição de combustíveis na Argentina, do negócio de Combustível de Aviação e da capacidade de moagem de cana-de-açúcar possa somar entre R$ 10 bilhões e R$ 17 bilhões em valor de mercado, considerando diferentes cenários de Ebitda, múltiplos e volume/preço por tonelada”. 

 

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual — toda semana, com curadoria do Money Picks

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar