Comprar ou vender?

Banrisul: Queda recente das ações é oportunidade, diz Planner

17 jun 2019, 20:20 - atualizado em 17 jun 2019, 20:20
O governo do RS possui possui 49,39% do capital social da instituição, sendo 98,13% das ordinárias e 0,37% das preferenciais (Imagem: Money Times)

A Planner manteve a recomendação de compra da ação da Banrisul (BRSR6), apesar de destacar a intenção do Governo do Estado do Rio Grande do Sul de manter o controle do banco. O preço justo foi calculado em R$ 30, com potencial de 35%.

O governo, que possui possui 49,39% do capital social da instituição, sendo 98,13% das ordinárias e 0,37% das preferenciais, pretende realizar uma oferta pública envolvendo ações ordinárias até o limite da manutenção do controle acionário. Com base no preço atual e considerando a possibilidade da venda de 102,53 milhões de ações ordinárias, a oferta potencial alcança R$ 2,3 bilhões.

“Como esperado, as ações ordinárias e as PNB do Banrisul sofreram forte queda nos dois dias que sucederam o anúncio. Como pano de fundo a clara sinalização de manutenção do controle na mão do Estado ao invés de privatização”,  informa o documento assinado por Victor Luiz Martins.

O analista salienta que a estratégia do banco segue conversadora, com foco nas operações com mais liquidez, como linhas de varejo e agronegócio e acrescenta que a instituição está buscando melhorias na rentabilidade. Martins afirma ainda que o mix da carteira tem melhorado, com foco nas operações de varejo e inadimplência estável em 2,6%.

Por outro lado, Martins ressalta que há espaços para melhorar a eficiência das operações do banco,”dado o comportamento esperado para as receitas vis a vis as despesas”. Além disso, chama a atenção para a situação fiscal do Rio Grande de Sul. Em 2018, o rombo das contas públicas do estado chegou a R$ 2,74 bilhões, o segundo pior dos últimos 16 anos, atrás apenas dos resultados de 2015.

CSLL

O anúncio do aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), imposto que incide no lucro dos bancos, de 15% para 20%, pelo relator da Previdência, Samuel Moreira (PSDB), pode impactar o desempenho operacional do Banrisul.

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“Temos um custo de capital de 13,5%, crescimento de 3% na perpetuidade, taxa efetiva de IR/CS de 32% e preço justo de R$ 30 por ação. Realizamos uma análise de sensibilidade, elevando a alíquota efetiva de 32% para 37% ao longo de todo o período de projeção. Assim, tudo o mais constante, o preço justo viria para R$ 27,45”, afirma Martins.

Porém, o analista pondera que “cabe para o Banrisul um custo de capital menor. Nesse sentido trouxemos esse novo fluxo a um custo de capital de 12,8% e chegamos novamente ao preço justo de R$ 30. Reconhecemos que se trata de uma análise simples, mas entendemos ser oportuno observar o aumento de alíquota de CSLL junto com a redução do custo de capital dos bancos”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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