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Barata, mas dá para ignorar: BTG rebaixa Usiminas (USIM5) para ‘neutra’ por falta de visibilidade

29 ago 2022, 18:15 - atualizado em 29 ago 2022, 18:15
Usiminas Gerdau CSN
Usiminas está lutando contra alguns problemas atípicos em suas coquerias, elevando as projeções para capex (Imagem: REUTERS/Alexandre Mota)

O BTG Pactual rebaixou a recomendação da Usiminas (USIM5) para “neutra”, com preço-alvo de R$ 10, mesmo vendo a ação negociada a 2,9 vezes seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2023.

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O corte se deve a três principais fatores:

  1. riscos operacionais e baixa visibilidade;
  2. alocação de capital (menores yields de fluxo de caixa); e
  3. riscos negativos, com expectativas abaixo do consenso.

Caixa pressionado

Segundo o BTG, a reforma do alto forno 3 em Ipatinga deve impactar negativamente as margens, visto que a companhia precisa comprar de forma agressiva placas de terceiros para manter as entregas.

“O histórico sugere que essas paradas de manutenção podem impactar negativamente as margens Ebitda em 5-10 pontos percentuais”, destacam os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, em relatório publicado no domingo (28).

Além disso, completam os analistas, a Usiminas está lutando contra alguns problemas atípicos em suas coquerias, elevando as projeções para capex.

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Nesta semana, a Usiminas anunciou em fato relevante investimentos de R$ 1,1 bilhão para reparos emergenciais definitivos na coqueria da Usina de Ipatinga, além de R$ 633 milhões adicionais para a reforma do alto forno 3.

Dada a extensão do capex e das necessidades de capital de giro no curto prazo, o BTG acredita que o fluxo de caixa livre da companhia será prejudicado nos próximos trimestres.

“Estimamos os menores yields de fluxo de caixa para a Usiminas dentro do grupo [setor de mineração e siderurgia], perto de 10% para 2023 (vs. cerca de 20% para Gerdau [GGBR4])”, avaliam Correa e Greiner.

Dentro desse cenário, existe menor espaço para dividendos e programas de recompra de ações, o que o BTG considera como um ponto negativo para uma futura reprecificação das ações.

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Para completar, o BTG vê o segmento de aço pressionado por uma combinação de custos crescentes e queda nos preços da liga metálica.

O BTG passou a projetar um Ebitda de R$ 5 bilhões para 2022 e R$ 4,3 bilhões para 2023.

Barata demais para ignorar?

Segundo o BTG, o maior argumento contra um downgrade da tese da Usiminas é que o valuation “está muito barato para ignorar”.

“Embora a gente concorde (parcialmente) com isso, acreditamos a Usiminas deve continuar enfrentando diversos desafios ao longo do próximo ano que impedirão que as ações superem a performance dos pares”, comentam Correa e Greiner.

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Passando a considerar downside relevante para a Usiminas em relação ao consenso, o BTG não enxerga mais a ação sendo negociada com desconto para os pares.

“Em um ambiente onde todo o setor está barato, recomendamos que os investidores criem posições mais em Gerdau do que em Usiminas”, aconselha a dupla.

Correa e Greiner esperam que o gap de performance entre as duas empresas fique ainda maior daqui para frente.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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