Economia

Barra para real depreciar mais que pares está “mais alta”, diz Citi

25 set 2020, 16:31 - atualizado em 25 set 2020, 16:31
Banco Central
Em termos nominais, o real ainda cai 27,7% ante o dólar em 2020 (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A “barra” para o real depreciar mais que seus pares está agora “mais alta”, avaliou o Citi, ressaltando que a recuperação da economia brasileira está emitindo sons “mais altos”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em relatório desta sexta-feira, analistas do banco norte-americano consideraram que melhora na conta corrente, suporte vindo dos termos de troca, aceleração da atividade econômica e alívio nos números da Covid-19 no país fazem o “pano de fundo para o real se solidificar”.

“Apesar dos riscos fiscais e de ser uma moeda de beta mais alto (mais sensível que a média), a barra para o real ter performance pior que o câmbio emergente e seus pares está agora mais alta”, afirmaram Andrea Kiguel, Alvaro Mollica e Dirk Willer no relatório.

Em termos nominais, o real ainda cai 27,7% ante o dólar em 2020, pior desempenho entre as principais moedas relevantes.

Nesta turbulenta semana nos mercados globais, porém, a divisa brasileira teve reação melhor que alguns de seus rivais, como o peso mexicano, contra o qual o real subia 2,7% nesta semana, a melhor em cerca de um mês.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na renda fixa, os profissionais do Citi veem “alguma âncora” para todo o trecho da curva de DI entre os vencimentos julho de 2021 e janeiro 2022, diante da sinalização do Banco Central expressa apenas nesta semana em dois documentos: ata do Copom e Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de que a Selic deve ficar estável em 2% por um período prolongado.

“E não apenas isso. A linguagem do Copom ainda deixa implícito que a porta está aberta para outro corte de juros, embora essa seja uma baixa probabilidade”, completaram os analistas.

Analisando o estado geral da economia brasileira, o Citi avaliou que a recuperação continua trazendo boas notícias enquanto “Brasília fracassa nesse sentido” e que a retomada econômica e a agenda de reformas são dois temas “em colisão” que os mercados terão de pesar até o fim do ano.

“Parece-nos que o governo pode demorar mais para chegar a veredictos importantes (do lado das reformas), o que significa que o mercado não terá uma visão completa do teto de gastos tão cedo quanto gostaria. Isso cria um cabo de guerra”, disseram.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar