Economia

BB-BI vê cautela do Copom e espera manutenção da Selic em 6,5%

20 mar 2019, 9:08 - atualizado em 20 mar 2019, 9:52
Banco Central
BB-BI acredita que Copom manterá Selic em 6,5%

Por Investing.com

O Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5%, em decisão que será divulgada no final da tarde hoje. Para os analistas, a estimativa está considerando a ainda tímida evolução da atividade econômica, a menor assimetria no balanço de riscos e a ancoragem das expectativas de inflação.

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A equipe do BB-BI destaca que, de fato, os índices de atividade para o início do ano ainda não demonstraram pujança suficiente para sinalizar pressões inflacionárias, na nossa opinião. Do ponto de vista do balanço de riscos, eles avaliam que os três fatores citados na última ata do Copom se encontram mais balanceados visto a pequena elevação da capacidade ociosa, melhores expectativas sobre as reformas e melhora do cenário externo para economias emergentes. O conjunto destes fatores sugere cautela do Copom, não obstante haver margem para um pequeno corte na taxa, que pode ser concretizado nas próximas reuniões.

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Os analistas ressaltam que o índice de atividade econômica (IBC-Br) iniciou o ano com uma pequena queda (-0,41%) em relação ao mês anterior, balanceada pela elevação da utilização de capacidade instalada de 77,6% (dez/18) para 78,3% (jan/19).

O Copom também vem reduzindo a expectativa de crescimento econômico no país

Ademais, o mercado vem reduzindo as expectativas para o crescimento econômico do país em 2019 desde a última reunião do Copom, quando a mediana do boletim Focus encontrava-se em 2,50%, acima dos atuais 2,01%.

Considerando que estes fatores não sinalizam com clareza quanto à retomada mais firme da atividade econômica, o BB-BI entende que o Copom irá manter a cautela sobre a decisão de alteração na taxa Selic, ponderado o componente econômico.

Outro ponto importante é que o índice de inflação oficial (IPCA) apresentou, no último mês, uma taxa de 3,9% no acumulado de 12 meses, abaixo do centro da meta e em linha com as expectativas do mercado para o final do ano.

Ponderada a redução das expectativas para a inflação desde a última reunião do Copom e a manutenção da expectativa para o câmbio no final do ano, os analistas reforçam o entendimento de “cautela e serenidade” do Copom quanto ao fator inflacionário.

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