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BB Investimentos eleva preço-alvo para JBS (JBSS3); ação dobrou de valor nos últimos 12 meses

11 abr 2025, 17:11 - atualizado em 11 abr 2025, 17:11
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(Foto: Divulgação JBS)

O BB Investimentos decidiu elevar o preço-alvo para as ações da JBS (JBSS3) em 8,5%, saindo dos R$ 47 para R$ 51. O banco optou pela mudança após incorporar as perspectivas sobre os últimos resultados operacionais e as projeções macroeconômicas na análise.

Os analistas destacam o forte desempenho da companhia em 2024, mesmo com a JBS North America, sua operação nos Estados Unidos, pressionada pelo ciclo pecuário negativo no país. 

Neste cenário, se destacaram as unidades de negócio focadas em proteína de aves e suínas. Para o BB, os resultados demonstram a efetividade da estratégia de diversificação geográfica e de proteínas da JBS, que tem recomendação de compra

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“A estratégia permite resiliência operacional, já que a empresa pode se aproveitar do bom momento de determinada proteína para compensar um cenário negativo vivenciado por outra, em diferentes regiões geográficas”, afirmam.

Vale ressaltar que as ações da JBS mais que dobraram de valor nos últimos 12 meses, com alta em cerca de 101% em relação a abril de 2024. Neste período, o Ibovespa (IBOV), principal índice da bolsa brasileira, apenas oscilou positivamente em 0,3%, considerando o último fechamento.



Perspectivas sólidas para JBS (JBSS3) em 2025

O banco destaca que a resiliência do resultado reflete na capacidade da empresa de gerar caixa, permitindo à JBS manter um pagamento de dividendos que acumulam R$ 20,7 bilhões nos últimos quatro anos, com dividend yield (que mede o retorno dos dividendos pagos em relação ao preço do ativo) de 5,5%. 

Os analistas ainda ressaltam que a companhia desfruta de uma alavancagem financeira saudável. A relação dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) estava em 2,1x ao final de 2024.

Para 2025, o BB considera que as proteínas de aves e suínas devem manter cenário positivo. Entretanto, podem ter uma leve queda nas margens com a iminente redução da quantidade de animais prontos para abate.

Mesmo com uma possível queda de margem operacional, os analistas mantêm estimativas elevadas, devido à observação de maior sustentação da forte demanda por proteína animal. Se a demanda se sustentar, os frigoríficos devem conseguir trabalhar com preços positivos e boa rentabilidade.

O banco vê o cenário global como um risco, sobretudo se impactar na renda disponível das famílias e, consequentemente, em seus hábitos de consumo. No entanto, a diversidade geográfica e de portfólio da JBS pode ajudar a compensar perdas.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
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