BusinessTimes

BB Seguridade (BBSE3): Gostou dos R$ 1,8 bi em dividendos? Isso pode ser só o começo; entenda

07 fev 2022, 18:18 - atualizado em 07 fev 2022, 18:22
BB Seguridade
O investidor pode ficar mais esperançoso com dividendos do BB Seguridade? Segundo o Inter Research, sim (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A BB Seguridade (BBSE3) reportou o seu maior lucro trimestral desde o seu IPO, a R$ 1,2 bilhão, elevação de 33% ante o mesmo período do ano passado. Na esteira da divulgação, a companhia também informou que pagará R$ 1,8 bi de dividendos, payout de cerca de 73%.

As notícias mais que animaram os mercados, com os papéis do braço de seguros do Banco do Brasil subindo mais de 5% nesta segunda-feira (7). Mas até que ponto esse pagamento será recorrente? Segundo o Inter Research, em relatório enviado a clientes, isso pode ser só o começo.

“Para 2022, esperamos que o payout possa buscar níveis médios de 85%”, prevê o analista da corretora, Matheus Amaral. “Em nossa opinião, com esses resultados mais normalizados, a empresa pode restaurar sua capacidade de distribuição de lucros”.

O BTG Pactual também espera que o índice de payout aumente este ano, passando de 73% para pelo menos 80-85%, “potencialmente com espaço para mais por meio de dividendos extraordinários, dependendo do desempenho da empresa”.

Apesar disso, a própria administração da companhia afirmou que ainda não tem definido o nível de payout e que prefere preservar o capital da Brasilprev.

Como foram os números?

As cifras do BB foram puxadas, principalmente, pelo:

  • o melhor resultado financeiro na Brasilprev, que vinha apresentado números negativos por conta de ajustes de marcação a mercado nos ativos e passivos por conta do alto IGP-M; e
  • melhor resultado operacional na Brasilseg, por conta da redução da sinistralidade.

“Os resultados de 2021 foram positivos para a companhia, que apresentou lucro líquido anual de R$ 3,9 bilhões (alta 1,4%) com destaque para o resultado final da Brasilprev”, diz Amaral.

Para o Safra, os números do BB foram bons, com o lucro superando em 6% as estimativas. 

“A divisão de seguros teve números sólidos na combinação do ainda forte crescimento da receita e da redução da sinistralidade no período”, afirmam os analistas Luís F. Azevedo, Silvio Dória e Gabriel Pucci.

Outro segmento que voltou a apresentar resultados mais positivos foi a BB Corretora, com forte desempenho operacional, destaca o Safra.

A receita de corretagem aumentou 9,7%, principalmente devido ao desempenho em seguros, rural, vida, residencial e empresarial.

Projeções

Para 2022, a empresa vê crescimento entre 12% a 17% no resultado operacional não decorrente de juros, direcionado principalmente por uma menor sinistralidade.

Nos prêmios emitidos pela Brasilseg, a expectativa é de um crescimento ainda em dois dígitos, entre 10% a 15%.

“Entendemos que possa ser um pouco mais desafiador frente ao forte desempenho comercial do setor e da própria companhia em 2021”, observa o Inter.

Segundo o BTG,  a orientação para 2022 aponta para um forte crescimento nos resultados à frente.

“Os números do quarto trimestre e a forte orientação para 2022 devem ser gatilhos positivos para a ação”, diz.

Recomendação

O BTG tem recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 26.

Já o Inter acredita que o forte resultado, aliado ao desconto do ativo, reforça a recomendação de compra para a empresa, com preço-alvo de R$ 36.

Na avaliação do Safra, o novo guidance sugere que o bom momento de ganhos da BB Seguridade deve continuar ao longo de 2022, o que reforça a preferência pelo nome no setor de seguros.

Além disso, o banco vê a ação com uma avaliação atrativa – preço sobre lucro (P/L) de 8,9 vezes para 2022 contra 13,2 vezes da média dos cinco anos e 8,5 vezes para a Caixa Seguridade (CXSE3).

Disclaimer

O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.