Comprar ou vender?

BB Seguridade: Queda das ações é exagerada, mas não oportunidade de compra

06 maio 2021, 16:50 - atualizado em 06 maio 2021, 16:50
BB Seguridade
Além disso, houve os ruídos do Banco do Brasil, que também afetaram o desempenho dos papéis (Imagem: Divulgação/BB Seguridade/Facebook)

As ações da BB Seguridade (BBSE3) amargam queda de 21,82% no ano. Para o BTG Pactual, a redução parece exagerada.

Porém, os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Cavalieri e Luiz Temporini lembram que, por causa da inflação do IGP-M (Índice Geral de Preços) muito mais alta, a administração anunciou que pagaria menos dividendos relacionados a 2020 por causa das perdas financeiras da BrasilPrev, seu braço de previdência.

Além disso, houve os ruídos do Banco do Brasil (BBSA3), que também afetaram o desempenho dos papéis, além do IPO da Caixa Seguridade (CXSE3), considerado “barato”.

“Esperamos que essas questões diminuam, o que pode ajudar as ações a ter um desempenho melhor nos próximos meses. O valuation parece pouco exigente, mas por enquanto permanecemos neutros”, dizem.

O BTG reafirmou a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 32.

Resultados

Para o Safra, o resultado de equivalência patrimonial da BrasilPrev surpreendeu positivamente, alcançando R$ 255 milhões, principalmente no bom crescimento da receita e um impacto surpreendentemente menor dos resultados financeiros.

Já a Ativa afirma que nos negócios de distribuição, a maior receita com corretagem e os ganhos de eficiência também permitiram melhora no desempenho no período.

“De negativo, ressalta-se a piora no resultado financeiro consolidado e no aumento da sinistralidade na Brasilseg”, completa.

O lucro líquido da BB Seguridade totalizou R$ 977,1 milhões no primeiro trimestre deste ano, crescendo 10,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, um bom desempenho segundo o braço de seguros do Banco do Brasil, considerando que os três primeiros meses de 2021 foram impactado pela pandemia da Covid-19.

O resultado operacional consolidado das empresas do grupo manteve a resiliência do modelo de negócios a R$ 2,316 bilhões, expandindo 7,4% no intervalo de um ano, o, apesar do agravamento da situação macroeconômica e do aumento dos sinistros relacionados à Covid-19.

Segundo a seguradora, o resultado financeiro combinado cresceu 33% em relação ao mesmo período de 2020, ajudado por um movimento mais benéfico dos índices de inflação que atualizam os ativos e passivos dos planos de previdência tradicionais.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.