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BC apertará cada vez mais os bancos, para que clientes tenham juros mais baixos

18 fev 2020, 14:16 - atualizado em 18 fev 2020, 14:16
Banco Central BCB
Pressão: BC quer que brasileiros sintam os efeitos da Selic baixa  (Imagem: Beto Nociti/Banco Central/ Flickr)

Após reduzir a taxa básica de juros (Selic) para o menor nível da história (4,25% ao ano), o Banco Central (BC) tenta, agora, fazer com que os brasileiros sintam, na prática, os benefícios da decisão.

Para tanto, o BC adotará, cada vez mais, uma agenda “pró-clientes”, a fim de estimular os bancos a repassarem a queda dos juros.

A avaliação é da Ágora Investimentos, a gestora do Bradesco (BBDC4). A última notícia é que a autoridade monetária pretende regulamentar o Reembolso de Custo Operacional (RCO). Trata-se de uma taxa criada pelos bancos para a portabilidade de crédito.

Quando um cliente decide transferir sua dívida, o banco do qual está saindo paga a RCO para o banco para o qual está migrando. Atualmente, a RCO é definida livremente pelas instituições, e gira entre 1,5% e 2% sobre o total da dívida ainda não quitada.

Barreira

A prática, segundo a Ágora, tem inibido a portabilidade de crédito, que deveria servir como uma opção para baratear o crédito, ao estimular a concorrência. Mas, em alguns casos, como o crédito imobiliário, há bancos que sequer oferecem ao cliente a possibilidade de migrar.

O BC deseja, agora, estabelecer regras para a RCO, com o objetivo de evitar que sirva como uma barreira à portabilidade.

“À luz da agenda pró-cliente do banco central, o fluxo de notícias nos próximos meses tende a ser negativo para os bancos, com novas iniciativas e regulamentações sendo anunciadas pela autoridade monetária”, afirmam os analistas Victor Schabbel e Maria Clara Negrão, que assinam o comentário da Ágora.

“Nesse sentido, deve haver mais notícias sobre iniciativas que visem promover a concorrência no mercado bancário local”, concluem.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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