Economia

BC diz que crédito dá sinais de desaceleração, mas ainda em ritmo elevado e requer cautela

28 maio 2025, 18:37 - atualizado em 28 maio 2025, 18:37
Economia, Mercados, Selic, Copom, Super Quarta, IPCA
(Imagem: Banco Central)

O Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central avaliou em reunião esta semana que o crédito no país apresentou “leves sinais” de desaceleração, mas segue em ritmo ainda elevado apesar de condições financeiras restritivas.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (28) após reunião do Comef, o BC afirmou que o cenário, caracterizado por elevação da taxa básica de juros e pelos níveis atuais de inadimplência, comprometimento de renda e endividamento das famílias, além do endividamento das empresas, “requer cautela e diligência adicionais na concessão de crédito”.

“No primeiro trimestre de 2025, o crescimento do crédito apresentou leves sinais de desaceleração, tanto no sistema financeiro quanto no mercado de capitais. Entretanto, o ritmo de crescimento segue historicamente elevado, em linha com a resiliência da atividade econômica, apesar das condições financeiras mais restritivas”, disse.

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A autoridade monetária vem implementando um forte aperto monetário no país, tendo levado a taxa Selic a 14,75% ao ano neste mês na tentativa de arrefecer a inflação e controlar expectativas de mercado. A autarquia tem citado a desaceleração da atividade e do crédito como fatores importantes para que o objetivo seja cumprido.

Na nota, o BC afirmou que considera que o sistema financeiro nacional está preparado para enfrentar a materialização de risco de crédito, com provisões para perdas e níveis de liquidez e de capital dos bancos se mantendo adequados.

O Comef ainda recomendou que as instituições financeiras persistam com a política de gestão prudente de capital e de liquidez em virtude das incertezas econômicas e da conjuntura.

“O Comef acompanha as condições financeiras internacionais, com atenção particular para as consequências da trajetória das políticas monetária e fiscal das economias avançadas, do reposicionamento das políticas comerciais, dos movimentos de reprecificação de ativos financeiros globais e dos eventos geopolíticos”, acrescentou.

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reuters@moneytimes.com.br

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