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BC reconhece inflação elevada em dezembro, mas mantém avaliação de choque temporário

15 dez 2020, 8:20 - atualizado em 15 dez 2020, 8:20
Banco Central
Na semana passada, o BC manteve a Selic em 2% pela terceira vez consecutiva (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Banco Central reconheceu nesta terça-feira que a inflação em dezembro deverá ser alta, mas manteve a avaliação de que o movimento será passageiro na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

“As últimas leituras de inflação foram acima do esperado e, em dezembro, apesar do arrefecimento previsto para os preços de alimentos, a inflação ainda deve se mostrar elevada, com coleta extraordinária de preços de mensalidades escolares e transição para o mais elevado patamar de bandeira tarifária de energia elétrica”, apontou a ata.

“Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mas segue monitorando sua evolução com atenção, em particular as medidas de inflação subjacente”, completou.

Na semana passada, o BC manteve a Selic em 2% pela terceira vez consecutiva e destacou que, em função do quadro inflacionário, as condições para seu compromisso de não subir os juros básicos –através do chamado forward guidance– podem em breve não estar mais satisfeitas, ainda que isso não signifique que a taxa básica será mecanicamente elevada.

Na ata, o BC reiterou a mensagem e ponderou, quanto à atividade econômica no país, que os riscos associados à evolução da pandemia podem implicar um cenário doméstico caracterizado por uma retomada ainda mais gradual.

reuters@moneytimes.com.br