Internacional

BCE mantém taxas de juros enquanto aguarda clareza sobre comércio

24 jul 2025, 9:50 - atualizado em 24 jul 2025, 9:50
Presidente do Banco Central Europeu (BCE) Christine Lagarde (Imagem Reuters//Kai Pfaffenbach)
(Imagem: Reuters/Kai Pfaffenbach)

O Banco Central Europeu deixou as taxas de juros inalteradas nesta quinta-feira (24) após oito cortes em um ano, aguardando enquanto a União Europeia e os Estados Unidos negociam sobre o comércio.

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O BCE cortou sua taxa de juros para 2% no mês passado, reduzindo-a pela metade em relação aos 4% um ano antes, depois de domar um aumento nos preços que se seguiu ao fim da pandemia da Covid-19 e à invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.

Com a inflação agora de volta à meta de 2% do BCE e com a expectativa de que ela permaneça lá, as autoridades optaram pela manutenção nesta quinta-feira, no momento em que as negociações comerciais entre a União Europeia e o governo de Donald Trump nos EUA parecem estar em sua reta final.

O Conselho do BCE pintou um quadro equilibrado da economia, com a incerteza de curto prazo sobre o comércio compensada pelo investimento público mais adiante.

“Em parte refletindo os cortes anteriores das taxas de juros pelo Conselho do BCE, a economia tem se mostrado, até agora, resiliente em geral em um ambiente global desafiador”, disse o BCE. “Ao mesmo tempo, o ambiente continua excepcionalmente incerto, especialmente por causa das disputas comerciais.”

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Enquanto a presidente do BCE, Christine Lagarde, e seus colegas estavam no meio de sua reunião na quarta-feira, diplomatas da UE disseram que os dois lados estavam caminhando para um acordo que resultaria em uma tarifa ampla de 15% sobre as importações dos EUA de produtos da União Europeia.

Isso seria aproximadamente a metade do caminho entre os cenários básico e severo do BCE para a economia da zona do euro apresentados no mês passado, mas mais brando do que os 30% ameaçados por Trump.

A estimativa do BCE mostrou que as tarifas mais altas dos EUA resultariam em menor crescimento e, dependendo da extensão da retaliação da UE, em inflação na zona do euro no médio prazo.

“Se os dois lados de fato concluírem esse acordo, isso apoiaria nosso argumento de que a economia da zona do euro pode recuperar o ímpeto a partir do quarto trimestre e que o BCE não precisará cortar mais os juros”, disse Holger Schmieding, economista do Berenberg.

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Em seu comunicado, o BCE disse que decidirá “reunião por reunião (…) com base em sua avaliação da perspectiva da inflação e dos riscos que a cercam”.

Os mercados monetários ainda estão precificando uma nova redução dos juros, provavelmente até março, já que a inflação corre o risco de ficar muito baixa.

Até mesmo a projeção básica do BCE de junho, que incorpora as tarifas de 10% dos Estados Unidos, apontou um aumento de preços abaixo de 2% nos próximos 18 meses.

“Mesmo no caso de um resultado benigno (ou seja, tarifas dos EUA em torno de 10%), ainda vemos espaço para mais afrouxamento à medida que o processo de desinflação se amplia”, disse Henry Cook, economista do MUFG para a Europa.

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A economia da zona do euro está mostrando alguns sinais preliminares de aceleração, mas o crescimento continua modesto. As empresas, embora ainda otimistas quanto a uma recuperação futura, relatam que estão começando a sentir o impacto das tarifas sobre seus lucros.

Pelo lado positivo, os bancos da zona do euro observaram um aumento na demanda por empréstimos e a incerteza política ainda não se traduziu em uma desaceleração econômica ou do mercado.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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