ImóvelTimes

Biden vai assinar conjunto de medidas visando melhorar igualdade racial

26 jan 2021, 17:40 - atualizado em 26 jan 2021, 17:40
Joe Biden
O presidente dos EUA, Joe Biden, está fazendo esforços para acabar com o encarceramento em massa, que afeta desproporcionalmente as pessoas negras, disse a Casa Branca (Imagem: REUTERS/Tom Brenner)

O presidente dos EUA, Joe Biden, assinará na terça-feira um conjunto de medidas com o objetivo de melhorar a igualdade racial na sociedade americana, o que inclui o combate à discriminação nas políticas de habitação e o fim do uso de prisões privadas.

Serão quatro medidas, segundo uma autoridade do governo, no que será a primeira resposta política do presidente aos protestos nacionais contra o racismo institucionalizado.

As ações se somam a uma longa lista de medidas que Biden tomou com o objetivo de fazer avançar suas promessas de campanha e reverter as políticas do ex-presidente Donald Trump.

Biden está direcionando o Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano para revisar e mudar as políticas da administração Trump que minaram as proteções sob a Lei de Habitação Justa, disse a Casa Branca.

A Casa Branca disse que Biden está fazendo esforços para acabar com o encarceramento em massa, que afeta desproporcionalmente as pessoas negras. Ele instruirá o procurador-geral a não renovar contratos com instalações de detenção privadas, revertendo a abordagem da administração Trump.

A mudança pode impactar os dois maiores operadores de prisões privadas do país, GEO Group e CoreCivic, que viram os preços de suas ações subirem significativamente depois que o ex-presidente Donald Trump foi eleito em 2016. Trump encerrou uma proibição da era Obama sobre o uso de prisões privadas e também sobre maior detenção por autoridades federais de imigração. GEO e CoreCivic buscaram diversificar os contratos federais assinando acordos com estados para construir e operar prisões.

Uma das medidas visa fortalecer a autodeterminação tribal dos indígenas americanos e outra tem por alvo a xenofobia contra os americanos de origem asiática.

Pessoas à procura de emprego em São Francisco, Califórnia (EUA)
A pandemia de coronavírus atraiu mais atenção para as disparidades econômicas e de saúde que estão afetando as populações negra, latina e nativa americana (Imagem: REUTERS/Robert Galbraith)

Os assassinatos de negros no ano passado nas mãos das autoridades policiais – incluindo George Floyd em Minneapolis e Breonna Taylor em Louisville, Kentucky – geraram protestos que varreram o país, chamando mais atenção para as profundas disparidades raciais.

Biden também indicou que deseja diminuir a diferença de riqueza racial nos EUA e sua equipe econômica inclui funcionários com experiência sobre esse assunto.

A pandemia de coronavírus atraiu mais atenção para as disparidades econômicas e de saúde que estão afetando as populações negra, latina e nativa americana.

O final de 2020 trouxe o aumento mais acentuado na taxa de pobreza dos EUA desde a década de 1960 e afetou desproporcionalmente os negros americanos, de acordo com um estudo divulgado na segunda-feira pelos economistas Bruce Meyer, da Universidade de Chicago, e James Sullivan, da Universidade de Notre Dame. Estima-se que a taxa de pobreza dos negros americanos tenha aumentado 5,4 pontos percentuais, ou 2,4 milhões de indivíduos.

Ao se concentrar na discriminação racial, Biden está tomando medidas para ajudar as pessoas que o apoiaram na conquista da Casa Branca. Os eleitores negros, em particular, ajudaram Biden a garantir sua nomeação pelo Partido Democrata e depois a presidência em novembro, bem como duas cadeiras no Senado para a Geórgia.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.