BusinessTimes

BlackRock diz que quem aposta em controle da inflação se engana

19 dez 2022, 14:05 - atualizado em 19 dez 2022, 14:05
BlackRock
A BlackRock espera que o Fed aumente juros para 5% no primeiro semestre de 2023 (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Os estrategistas da BlackRock alertam que os operadores que começaram a apostar em uma forte desaceleração da inflação nos EUA vão se decepcionar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora reconheçam que as pressões de preço diminuíram mais rapidamente do que o esperado, eles contestam o consenso de que a inflação cairá rumo à meta de 2% do Federal Reserve.

Isso leva a maior gestora de ativos do mundo a recomendar uma exposição menor em Treasuries em favor de títulos indexados à inflação e dívida corporativa com grau de investimento no ano que vem.

Scott Thiel, o principal estrategista de renda fixa da gestora, vê a inflação dos EUA a 3,5% no final de 2023 em meio à escassez persistente de mão de obra, salários mais altos e estoques em queda. Isso contrasta com swaps de índice de preços ao consumidor de um ano a 2,38% e taxas implícitas de 10 anos a 2,14%.

“Simplesmente achamos esse nível muito baixo”, disse Thiel em entrevista. “A volatilidade nos números do CPI é algo que o mercado deve esperar. Vai ser difícil prever mês a mês. Mas provavelmente será mais fácil descer de 7% para 5% do que de 5% para 3%.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A BlackRock espera que o Fed aumente juros para 5% no primeiro semestre de 2023, e que a inflação se acomode em torno de 3% no longo prazo. As expectativas de inflação implícitas em títulos caíram depois que o núcleo do índice de preços ao consumidor dos EUA registrou o menor avanço mensal em mais de um ano.

O Fed já aumentou agressivamente os custos de financiamento para combater a pior inflação em décadas, e a questão-chave nos mercados agora é quando os juros atingirão o pico.

Thiel vê mudanças estruturais de longo prazo que manterão a inflação elevada. Isso significa que não há razão para o Fed ser “nada além de hawkish” por enquanto, disse ele. Os formuladores de política monetária dos EUA e da Europa avisaram na semana passada que os juros têm que ir mais longe do que os mercados esperam.

Os riscos geopolíticos, os fatores demográficos e uma transição para energia renovável devem manter a inflação alta, disse Thiel. “Os juros deveriam cair de 5% para 3% nos próximos dois anos? Não neste ambiente.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
bloomberg@moneytimes.com.br
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar