Coluna
Opinião

Blog do PQ?: O que diz o preço do Big Mac?

18 maio 2019, 15:15 - atualizado em 17 maio 2019, 15:56

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por Blog do PQ?

Dizem que o dólar anda fortão mesmo com a taxa de juros nos Estados Unidos lá embaixo…

Isso fazendo uma análise que se baseia na paridade do poder de compra, a PPC. O que diz a tal PPC? Que bens iguais deveriam custar o mesmo em todos os lugares do planeta. Porque se estiver mais caro num lugar, você manda vir de outro. Só que não…

Pense bem: não dá para importar corte de cabelo da Índia – até dá, mas isso implicaria você ir até lá para cortar o cabelo, o que sairia meio caro. Entra em cena o custo de transporte. Por conta desse custo – que embora venha caindo ao longo das décadas não é zero –, os bens e serviços não são plenamente comercializáveis. Para Gisele Bündchen corte de cabelo em Nova York é um bem transacionável, para nós mortais não.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E, obviamente, ainda há as tarifas de importação. Se um quilo de feijão custa 2 dólares nos Estados Unidos e  1,7 no Brasil, mas o gringo que deseja importar precisa pagar uma tarifa de 30%,  a transação não vai valer a pena, mesmo se o custo de transporte fosse zero. Tudo isso para dizer que não devemos esperar que os preços convirjam para um único valor (quando medido numa mesma moeda, claro).

E o Big Mac? É um bem comercializável? A carne até é, assim como o picles e o pão. Mas caramba, não dá para pôr o sanduíche num contêiner e mandar de um país para o outro, certo? Então o Big Mac não é comercializável e, portanto, deveríamos esperar desvios da PPC mesmo. Mas o ponto é: se esses desvios ficam grotescamente elevados, alguma coisa tem.

Se o preço do Big Mac num dado país, quando convertido em dólares, fica muito abaixo do preço do Big Mac nos Estados Unidos, é sinal de que esse país está barato. Em janeiro de 2019, o sanduíche custava 5,5 dólares na terra do tio Sam e 2,5 dólares no México. Menos da metade!

Em relação ao Brasil a diferença é menor, mas ainda assim o Mac brasileiro parecia barato: 3,7 dólares. Na nossa amostra de 56 países, só na Suíça, Suécia e Noruega ele estava mais caro que nos Estados Unidos, custando 6,7, 5,8 e 5,9 dólares, respectivamente. Colocando esses número num histograma, fica claro que o ano começou com o dólar forte.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar