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Boa Safra (SOJA3): Processos denunciam trabalho análogo à escravidão, assédio moral e sexual, diz site

13 jun 2023, 10:32 - atualizado em 13 jun 2023, 10:32
Relatos de ex-colaboradores apontam para péssimas condições de moradia e falta de alimentação adequada aos obreiros (Imagem: Divulgação/Boa Safra)

Uma reportagem veiculada pelo jornal The Intercept Brasil apontou para 13 denúncias na Justiça contra a Boa Safra (SOJA3), que acusam a companhia de submeter dezenas de pessoas a condições análogas à escravidão em suas propriedades entre 2021 e 2022.

Constam ainda declarações de ex-trabalhadores que relatam ter passado fome. Um dos relatos, de acordo com o site, aponta que alguns colaboradores foram recebidos em um alojamento de madeirite em péssimas condições, sem água no banheiro, camas coladas uma na outra e um refeitório em que não cabiam todos os trabalhadores.

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Além disso, a matéria cita denúncias de trabalhadores que sofreram com assédio moral e sexual.

Os 13 trabalhadores que denunciaram a companhia pedem indenização por trabalho análogo à escravidão e o pagamento de dívidas trabalhistas em acordos descumpridos.

Os valores dos processos variam de R$ 92 mil a R$ 352 mil. Somados, os valores passam de R$ 2,9 milhões.

Defesa da Boa Safra

A Boa Safra divulgou a seguinte nota:

A Boa Safra tomou conhecimento de processos trabalhistas que recaem sobre a Badia Agronegócios (construtora contratada para executar obras e ampliações já concluídas). Nesses processos, ex-funcionários da construtora alegam a existência de supostas irregularidades trabalhistas.

A Boa Safra acompanha com muita seriedade os desdobramentos desses processos na justiça. Registre-se que se tratam de ações trabalhistas, ajuizadas em face da construtora, onde se pedem, indenizações, verbas rescisórias, horas extras, seguro-desemprego, dentre outros (aos moldes de centenas de outras ações que tramitam diariamente no Brasil).

São ações com alegações quase idênticas entre si, protocoladas pelo mesmo advogado. Outrossim, dessas ações, 2 já foram julgadas improcedentes em 1ª instância, não existindo, até o momento, nenhuma comprovação das alegações narradas.

É importante ressaltar que os fatos narrados não aconteceram dentro das instalações e/ou propriedades da Boa Safra. As unidades da Boa Safra passavam por um processo de expansão e, por isso, operavam normalmente. As denúncias tampouco foram feitas por colaboradores da empresa ou contra algum deles.

Os processos trabalhistas citam supostos problemas nos alojamentos na região urbana (fora das dependências da Boa Safra), alojamentos esses sob tutela e responsabilidade da construtora contratada para a obra.

Por último, a Boa Safra destaca que trabalha, com engenheiros de campo e técnicos em segurança do trabalho, para fiscalizar as condições de trabalho em suas obras de expansão, que passam constantemente também por vistorias da Vigilância Sanitária, do Corpo de Bombeiros, dentre outros órgãos fiscalizadores, que certificam a regularidade de suas operações.

Caso algum fato relacionado às denúncias seja efetivamente comprovado, a Boa Safra suspenderá imediatamente os contratos com a Badia Agronegócios, uma vez que condena veementemente qualquer condição fora dos padrões de trabalho.

A empresa não compactua e jamais compactuará com qualquer forma de desrespeito à vida. E está à disposição da Justiça para esclarecer qualquer dúvida e tomar as devidas providências que se fizerem necessárias.

Além dessa nota, a companhia divulgou outro comunicado sobre o cadastro indevido do CEO da empresa na lista suja do trabalho escravo:

Em relação à inclusão de Marino Colpo, CEO da Boa Safra, no cadastro do Ministério do Trabalho que lista empregadores denunciados por submeterem trabalhadores a condições análogas à escravidão, a Companhia esclarece que o nome do executivo foi incluído indevidamente no cadastro e já excluído do mesmo.

Na denúncia em questão, a empresa conseguiu provar que não teve envolvimento com o caso, em processo que já não cabe mais recurso. Tanto o empresário como a empresa condenam qualquer situação de desrespeito à vida.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
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