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BofA corta preço-alvo da Gerdau (GGBR4), mas mantém recomendação de compra

16 out 2024, 11:24 - atualizado em 16 out 2024, 11:28
Gerdau, GGBR
BofA reduz preço-alvo de ação da Gerdau, mas mantém projeção de valorização. (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

O Bank of America reduziu o preço-alvo para as ações da Gerdau (GGBR4), para R$ 24, e da Metalúrgica Gerdau (GOAU4), para R$ 14.

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Contudo, a recomendação de compra foi mantida, com a projeção de que as ações sejam negociadas a 3,6x EV/EBITDA (Valor da Empresa dividido pelo EBITDA) em 2025, entregando um retorno de fluxo de caixa livre de 8%.

A revisão do valor anterior foi motivada pelo corte de US$120/tonelada em uma fatia considerável das barras de aço comercializadas pela Nucor Corporation (NUE), anunciado pela siderúrgica americana no início de outubro.

De acordo com a análise do BofA, a empresa estava oferecendo descontos em seus preços de tabela para corresponder melhor aos valores oferecidos pela concorrência. “Com o corte de preço anunciado, ela deixou de oferecer esses descontos. Portanto, o impacto na receita líquida/tonelada deve ser menor do que o corte de preço de US$120/st sugere.”

Segundo o relatório, as barras comerciais representam 35% das remessas externas totais de aço da Gerdau na América do Norte. “Considerando o montante e refletindo o corte de US$120/st em barras comerciais, vemos um impacto anual no Ebtida de até R$1 bilhão para 2025”.

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Apesar de mencionar o impacto total do corte, o BofA ressalta que os descontos já estavam sendo praticados pelo mercado, então o impacto líquido deve ser menor do que isso.

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Banco indica potencial de valorização da Gerdau

Com as novas estimativas, apesar de reduzir o preço-alvo da Gerdau (GGBR4) para R$ 24, o BofA mantém a recomendação de compra, com potencial de valorização em torno de 30% em relação ao fechamento da última terça-feira (15).

Além da projeção de negociar as ações a 3,6x EV/EBITDA em 2025, o banco cita outros fatores que sustentam a recomendação. “Vemos suporte para ações nos próximos meses, dado seu programa de recompra de 70 milhões de ações, especialmente após desbloquear R$1,8 bilhão em depósitos judiciais”.

O banco ainda projeta iniciativas de corte de custos, especialmente no segmento Brasil até 2025, compensando parcialmente o declínio na lucratividade da divisão da América do Norte.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.