Comprar ou vender?

BofA dá dupla elevação na recomendação para Ecorodovias (ECOR3) e projeta alta de até 33% nas ações

02 jun 2025, 16:16 - atualizado em 02 jun 2025, 17:50
Rodovias, Ecorodovias
Bank of America eleva recomendação de venda para compra e projeta salto de mais de 30% nas ações até o final de 2025 (Imagem: Youtube/Ecorodovias)

Na revisão do cenário para as empresas concessionárias de rodovias, o Bank of America (BofA) elevou a recomendação das ações da Ecorodovias (ECOR3) de venda para compra

O banco também aumentou o preço-alvo de R$ 4,80 para R$ 9 — o que representa um potencial de valorização de 33,3% sobre o preço de fechamento anterior.

Nesta segunda-feira (2), as ações da concessionária operaram em alta. ECOR3 subiu 3,11%, a R$ 6,96. No ano, o papel acumula valorização de 64,15%. 



Ecorodovias agora é compra

Para a revisão positiva, os analistas consideraram o nível de alavancagem da companhia — ainda elevado, mas sustentável dentro das atuais condições favoráveis ​​de mercado e nas recentes emissões de dívida, especialmente do BNDES e de títulos de infraestrutura incentivados.

Segundo a equipe, a companhia financia de 75% a 100% dos investimentos (capex) de cada novo projeto, contra a estimativa anterior de 50%

Nos últimos anos, a empresa garantiu concessões que exigem mais de R$ 49 bilhões em investimentos, totalizando R$ 55 bilhões em necessidades futuras — o que poderia ser um problema em cenário de juros mais altos, na avaliação do BofA. 

Porém, a Ecorodovias conseguiu garantir quase R$ 12 bilhões em dívidas no primeiro trimestre (1T25) a custos favoráveis, especialmente com o BNDES  — “estando perto de cobrir sua lacuna de caixa para os próximos anos”. 

“A redução do risco de refinanciamento nos deixou confortáveis ​​em aumentar o valor da alavancagem. Também nos tornamos mais construtivos em relação aos potenciais riscos de estouro de investimentos”, escreveram os analistas Rogerio Araujo, João Andrade e Gabriel Frazão em relatório.

Aumento de capital à vista? 

Nas estimativas, os analistas do BofA ainda incluíram um aumento de capital de R$ 2 bilhões no cenário base considerando o preço atual da ação. 

Para eles, a operação seria suficiente para manter a relação dívida líquida/Ebitda abaixo de 5x, evitando o aumento dos riscos de inadimplência e dos custos da dívida no futuro. Hoje, a alavancagem da companhia está em 3,9 vezes a dívida líquida/Ebitda. 

A equipe considera que uma oferta de ações da companhia pode levar à redução de risco, mas, por outro lado, também a uma diluição de cerca de 30% para os atuais acionistas. 

Não é hora de comprar Motiva

O BofA também considerou o nível de alavancagem da Motiva (MOTV3), antiga CCR, e aumentou o preço-alvo para as ações de R$ 13,30 para R$ 16,50 — o que representa um potencial de valorização de 22,4% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (30). A recomendação neutra para MOTV3 foi mantida. 

No ano, a ação acumula alta de 33,3%.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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