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BofA rebaixa Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTA3) e aponta nova preferida no setor de shoppings

15 dez 2025, 11:17 - atualizado em 15 dez 2025, 11:17
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BofA rebaixa Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTA3) e aponta nova preferida no setor de shoppings (Imagem: Andrey X/ Canva Pro)

O Bank of America (BofA) avalia que o setor de shopping centers no Brasil entrou em uma fase de risco-retorno mais equilibrado, com pouco espaço para reprecificação dos ativos, mesmo diante do início do ciclo de queda dos juros.

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Nesse contexto, a casa rebaixou a recomendação para Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTA3) de compra para neutra, enquanto manteve visão positiva para a Allos (ALOS3), apontada como a principal escolha no segmento.

Em relatório, o banco afirma que, embora os shoppings voltados ao público de maior renda continuem apresentando operações sólidas, o potencial de valorização das ações segue limitado.

Segundo o BofA, o desempenho dos papéis tem sido mais sensível a juros, spreads e revisões de lucro do que a ganhos operacionais marginais.

Crescimento mais tímido

Outro fator que pesa sobre o setor é o baixo crescimento estrutural: a casa lembra que a área bruta locável (ABL) dos shoppings está praticamente estagnada há cinco anos, após avançar cerca de 10% ao ano entre 2010 e 2018.

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As projeções de expansão do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também perderam força ao longo do tempo: de 23% ao ano entre 2010 e 2014, para 10% entre 2015 e 2019, chegando agora a cerca de 7%.

Mesmo em um cenário mais otimista, com compressão de spreads e queda adicional dos juros reais, o potencial de valorização do setor não passaria de 22%, na avaliação do BofA.

A equipe do banco, vale lembrar, espera que o ciclo de afrouxamento monetário no Brasil comece em janeiro e termine 2026 em 11,25%.

Otimismo excessivo?

O relatório aponta ainda que o consenso pode estar superestimando o crescimento de Multiplan e Iguatemi: as estimativas do BofA para Ebitda e FFO das companhias ficam, em média, 4% e 7% abaixo das projeções do mercado.

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“Essa postura mais conservadora se baseia em nossa análise de tendências históricas. No entanto, o sólido momento operacional, combinado com um iminente ciclo de corte de juros, sustenta nossa posição neutra em relação às duas empresas”, aponta a casa.

Allos se destaca com dividendos elevados

Na outra ponta, o Bank of America destaca que a Allos oferece a melhor relação risco-retorno entre as companhias de shoppings brasileiros, impulsionada por um dividend yield estimado em 11%, bem acima dos cerca de 3% observados em Multiplan e Iguatemi.

A empresa já anunciou a distribuição de R$ 1,8 bilhão em proventos para 2026, com visibilidade, segundo o banco, de manutenção dos pagamentos ao menos até 2027.

A casa projeta um FFO para a Allos 10% acima da estimativa do mercado.

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Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.

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