Pecuária de corte

Boi de R$ 240 nem o China dando R$ 23/kg com o câmbio a R$ 5,40 e o atacado estando acima de R$ 15,50

19 ago 2020, 16:35 - atualizado em 19 ago 2020, 17:09
Boiada China pesa na balança, mas mercado interno não deixa preço fora do controle

Tem macho inteiro para abate em São Paulo, entre os dias 26 a 31 de agosto, a lotes de R$ 228 e de R$ 230 a @, negociados entre dia 14 e hoje (19). Macho inteiro é o boi não castrado, geralmente de 30 meses, preferido pela China.

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Como não tem negócios relevantes para mercado doméstico neste período do mês, quando se junta a fraqueza da tradicional sazonalidade da 2º quinzena com a pandemia no meio do caminho, vale dizer que as escalas para o mês estão praticamente completas.

Não fosse apenas pelo boletim do Balizador GPB – cuja formação de preços é considerada pelos membros do Grupo Pecuária Brasil mais realista que a do Cepea/Esalq e que das demais referências de preços, como Scot e Agrifatto – alguns produtores confirmam que o mercado “empacou”. Juca Alves, de Barretos, conseguiu enfiar um lote de R$ 230 ao Barra Mansa, na base da fidelidade, que, na sequência, saiu das compras.

E com o consumo interno anêmico, portanto, o boi casado, ou carcaça casada (48% de traseiro, 38% de dianteiro e 14 de ponta de agulha), está se segurando muito fragilmente nos R$ 15 o kg no atacado.

Boi de R$ 240 a @, como andam falando para 2020, nem com boi China ganhando R$ 21/23 por kg com o dólar em média a R$ 5,40. Segundo Yago Travagini, da Agrifatto, quem fez essas contas, a demanda precisaria ser explosiva e o Brasil embarcar no mesmo apetite do segundo semestre de 2019, partindo de um valor no atacado de no mínimo R$ 16.

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Mais uma vez: em 2020 tem pandemia no meio do caminho.

Mas não está ruim a base atual dos mercados China e nacional, este em torno dos R$ 224. A oferta é pequena sem pasto e com o pouco embarque de animais de confinamento do 1º giro deste ano.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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