Pecuária de corte

Boi em falta pode derrubar profecia das 2ªs quinzenas, mais ainda deste atípico janeiro

13 jan 2021, 16:20 - atualizado em 13 jan 2021, 16:25
Boi Carnes
Pastos ainda em recomposição não estão engordando bois em volumes maiores (Imagem: JBS/Imprensa)

O mercado boi-carne sempre opera em baixa na segunda quinzena, quando a carteira do brasileiro está mais vazia, com raras exceções, como entre setembro e novembro. Nesta segunda quinzena que está chegando, pode ser uma dessas exceções ao menos para o boi.

Como naquele período, a escassez aguda de animais acabados leva jeito de anular, inclusive, o adicional de baixa sazonal de janeiro, e já há negócios pontuais em até R$ 290, ficando cada vez mais próximos das cotações de novembro.

Tradicionalmente, janeiro sempre foi fraco depois dos gastos de fim de ano da população e mais férias, com o agravante, neste atípico, de que a pandemia instalada já vem limando a demanda e o poder de compra e não tem nem mais o auxílio emergencial.

Mas os frigoríficos precisam originar bois, mesmo que seja da mão para boca. O básico precisa ter para o necessário do atacado e varejo. Houve uma recomposição das exportações nos primeiros dias do ano, mas ainda é cedo para avaliar se é essa demanda que apoia os preços.

O boi passou dos R$ 284 pela Agrifatto, em alta pelo segundo dia, de 0,94% nesta quarta (13). Encostou nos R$ 280 pela Scot Consultoria. E alcançou R$ 283,95 pelo Cepea/Esalq, ontem. Tudo em São Paulo.

Do dia 7 para cá, saiu dos R$ 277, quando Yago Travagini, da Agrifatto, em conversa com Money Times, adiantou que se passasse do R$ 280, teria fôlego para avançar os R$ 285 no mês, mesmo com a possibilidade de que em fevereiro já tenha algum volume maior de bois. As pastagens estão se recompondo com a chuva.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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