Agropecuária

Boi flertando os R$ 300 não surpreende como o espanto dos R$ 240 de novembro passado

11 nov 2020, 11:51 - atualizado em 11 nov 2020, 12:17
Gado Boi
Alta da @ do boi ainda aparenta não ter freio e os negócios seguem firmes (Imagem: Arquivo/Agência Brasil/ASCOM ADEPARÁ)

Se há um alvo para o preço do boi gordo ainda ninguém crava. Negócios a R$ 300 já são tentados em São Paulo e a lembrança da @ praticada nesta mesma época, em 2019, em torno dos R$ 240, que surpreendeu o mercado, fica parecendo passado distante.

As cotações nos níveis atuais pouco surpreendem, diante da solidez das altas desde o meio do ano, ao contrário do ano anterior, quando a explosão se deu a partir de setembro.

O menor volume de abate em todas as praças, que se reflete em São Paulo, sustenta a falta de animais acabado. Nem a saída de bois do 2º giro do confinamento, tido como melhor que o 1º, não freia as altas, mesmo que o volume seja menor ainda do que o foi na mesma fase de engorda do ano passado.

As escalas patinam em quatro dias úteis, ou em até três para frigoríficos menores. A dificuldade de fechar a programação de abates impõe mais aperto aos compradores.

E as exportações para China sugando a pouca oferta, embora no cômputo geral de todos os destinos em outubro os embarques caíram 4%.

O consumo interno vulnerável, inclusive tendo passado o dia do pagamento e com o kg da carcaça casado nos R$ 18 no atacado, não serve de contrapeso.

Mesmo em volumes menores, as vendas internas também acirram o cenário de disputa pelo boi.

As referências mínimas de preços em alta, na terça, ficaram entre os R$ 288 do Cepea/Esalq aos R$ 285 da Agrifatto – que observa boi testado nos R$ 300 -, contra os R$ 280 da Scot.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.