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Boi gordo: China paga menor preço pela carne do Brasil desde novembro de 2021

14 set 2023, 14:56 - atualizado em 14 set 2023, 14:56
boi gordo china
Derretimento da economia da China segue como um dos principais fatores para a queda no preço pago pelo mercado; Yuan cai 15% frente ao real (Imagem: Unsplash)

A China representa mais de 50% das exportações da carne bovina do Brasil em 2023.

No entanto, os preços pagos pelos chineses vêm recuando com intensidade nos últimos meses.

Em agosto, o preço pago pela China atingiu o menor valor desde novembro de 2021.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em agosto o preço médio da carne bovina foi de US$ 4,46/kg, contra US$ 3,86/kg em novembro de 2021.

Oferta elevada e economia da China

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse cenário reforçou o movimento de maiores quedas nos preços internos da arroba do boi gordo, que já recuava pela maior oferta de animais para abate.

Assim, no acumulado do ano, o indicador Cepea/B3 do boi gordo caiu 27,54%.

“O governo da China conta com várias dificuldades econômicas, com o mercado imobiliário bagunçado no país e o governo asiático tenta estimular a economia por crédito. No entanto, o ônus dessa injeção de crédito é a saída de capital estrangeiro e a desvalorização do yuan, e quando isso acontece, a exportação se torna mais competitiva, enquanto as importações se tornam mais caras”, explica Fernando Iglesias, analista de proteína animal na Safras & Mercado.

Vale destacar que de janeiro até setembro, o Yuan se desvalorizou 14,65% frente ao real, passando de R$ 0,792 para R$ 0,676.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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