Internacional

Bolivianos vão às urnas neste domingo (17) em eleições presidenciais e legislativas

17 ago 2025, 11:02 - atualizado em 17 ago 2025, 10:44
Luis Arce, presidente da Bolívia
Bolívia: O presidente Luis Arce, atualmente sem partido, desistiu da reeleição após ser expulso do MAS (Movimento ao Socialismo) em 2023. (Imagem: Twitter/Divulgação/@LuchoxBolivia)

Os eleitores da Bolívia vão às urnas neste domingo (17) para escolher o novo presidente e renovar o Congresso. As pesquisas de intenção de voto indicam que a disputa pode encerrar quase duas décadas de hegemonia da esquerda no país.

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A insatisfação popular é alimentada pela crise econômica: a inflação chegou a 24,86% em julho, as reservas internacionais estão em níveis baixos e há escassez de combustíveis e produtos básicos. Esse cenário enfraqueceu a popularidade do presidente Luis Arce, atualmente sem partido, que desistiu da reeleição após ser expulso do MAS (Movimento ao Socialismo) em 2023.

De acordo com o Tribunal Supremo Eleitoral, 7,9 milhões de bolivianos estão aptos a votar, incluindo 370 mil residentes no exterior, em uma população estimada em 11,3 milhões de pessoas.

O mandato presidencial e legislativo é de cinco anos, com posse marcada para 8 de novembro. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa ter mais de 50% dos votos válidos ou, no mínimo, 40% com 10 pontos de vantagem sobre o segundo colocado.

Nenhum dos candidatos ultrapassa 25% das intenções de voto. Os líderes são o empresário Samuel Doria Medina (Aliança Unidade, centro-direita), ex-ministro do Planejamento, e o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga (Aliança Livre, centro-direita), que governou entre 2001 e 2002. Ambos já enfrentaram Evo Morales em eleições passadas.

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Na esquerda, a candidatura de maior destaque é a de Andrónico Rodríguez, atual presidente do Senado e ex-aliado de Morales, que tenta se apresentar como renovação.

O MAS, dividido após a saída de Arce e a inelegibilidade de Morales, perdeu parte da base de apoio histórico. Morales, impedido de disputar, tem incentivado votos nulos como forma de protesto. Eduardo del Castillo, ex-ministro de Governo de Arce e representante da sigla.

Além da Presidência, serão renovadas 130 cadeiras da Câmara dos Deputados e 36 do Senado. A maioria absoluta exige 66 assentos na Casa Baixa e 19 na Casa Alta. Pesquisas indicam que, pela primeira vez desde 2006, a direita pode conquistar tanto o Executivo quanto o Legislativo.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.