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Bolsa está “excessivamente descontada” após correção incomum de 20%, diz Infinity

06 nov 2021, 10:51 - atualizado em 06 nov 2021, 10:51
Mercados Investimentos
“Em mercados de alta, como entre 2004 e 2008 ou entre 2016 e 2019, correções de 20% são raras”, diz a Infinity (Imagem: Reprodução/Remessa Online)

O mercado brasileiro de ações, que em outubro foi contaminado pelo ambiente político e fiscal, está passando por uma “correção incomum” de 20% e que deixou as ações “excessivamente descontadas”, avalia a Infinity em um relatório mensal enviado a clientes nesta sexta-feira (5) e obtido pelo Money Times.

“Em mercados de alta, como entre 2004 e 2008 ou entre 2016 e 2019, correções de 20% são raras. Por exemplo, a única correção de 20% no período de 2016 a 2019 ocorreu em meados de 2018 quando dois eventos isolados atingiram o mercado: a greve dos caminhoneiros e pesquisas eleitorais vistas como negativas para os investimentos. Mesmo no chamado ‘Joesley Day’, a correção não chegou a 20%”, aponta a gestora.

Correções superiores a 20% são incomuns

Fonte: Bloomberg e Infinity

A gestora entende que a correção atual, que já superou 20%, é explicada pela desaceleração no preço das commodities, particularmente as
metálicas, por fatores internos como aumento da inflação e dos juros, e o risco fiscal.

“Apesar dos riscos elevados, vemos os preços das ações como excessivamente descontados. A relação preço/lucro do Ibovespa atualmente é similar à observada nos piores momentos de crises anteriores, como nas crises de 2008 (crise do mercado imobiliário americano), 2016 (crise fiscal brasileira) e 2020 (pandemia)”, explica a Infinity.

Valuation (P/L) do Ibovespa em níveis de crise

Fonte: Bloomberg e Infinity

“Acreditamos que boas empresas na bolsa continuarão apresentando bons resultados em função da recuperação em setores mais afetados pela pandemia (como shopping), menor concorrência e pelo fato de muitas empresas conseguirem apresentar resultados normalmente superiores ao que poderia ser sugerido pelo crescimento do PIB brasileiro”, conclui a Infinity.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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