Bolsas da Europa fecham em alta com expectativa de acordo entre EUA e China; Stoxx 600 renova recorde pela 3ª vez consecutiva
As bolsas europeias encerraram a sessão desta segunda-feira (27) em alta, com novos recordes. Sinais de abrandamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, avanço do setor de tecnologia e expectativa por resultados corporativos patrocinaram o desempenho positivo
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com avanço de 0,22%, aos 577,03 pontos — renovando o maior nível nominal histórico pela terceira sessão consecutiva.
Entre os principais índices, o CAC 40, de Paris, teve alta de 0,16%, aos 8.239,18 pontos; o DAX, de Frankfurt, terminou a sessão com ganho de 0,28%, aos 24.308,78 pontos e o FTSE 100, de Londres, subiu 0,09%, aos 9.653,82 pontos.
- Para saber: o horário de verão chegou ao fim no último domingo (26), atrasando o relógio em um hora. As bolsas de Londres, Paris, Frankfurt, Madri, Milão e Lisboa passaram a operar das 5h às 13h30 (horário de Brasília) a partir de hoje (27).
O que mexeu com a Europa hoje?
O apetite global por risco aumentou depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o país e a China estão prestes a chegar a um acordo comercial — que pode interromper as tarifas mais elevadas dos EUA e os controles de exportação de terras raras da China.
O chefe da Casa Branca deve se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, nesta semana na Coreia do Sul.
“Alguns acontecimentos positivos entre os EUA e a China parecem estar impulsionando o sentimento em relação ao mercado”, disse Michael Field, analista-chefe de ações da Morningstar.
Os bancos europeus e o setor de tecnologia subiram mais de 1%.
Por outro lado, as ações do setor de saúde caíram 0,5%. A Novartis teve queda de 0,9% depois que a fabricante de medicamentos disse no domingo que concordou em adquirir a empresa norte-americana de biotecnologia Avidity Biosciences por cerca de US$12 bilhões em dinheiro. A Roche recuou 1,4% após um rebaixamento da recomendação da Jefferies.
Os investidores também operaram à espera de novas decisões de política monetária. Na próxima quarta-feira (29), o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) deve reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00%.
Já no dia seguinte será a vez do Banco Central Europeu (BCE) divulgar sua nova decisão sobre juros, acompanhada de uma coletiva de imprensa da presidente do BCE, Christine Lagarde.
*Com informações de CNBC e Reuters