Polícia Federal

Bolsonaro depõe à PF nesta terça-feira (16) sobre cartões de vacinação

16 maio 2023, 8:54 - atualizado em 16 maio 2023, 8:54
Jair Bolsonaro
(Imagem: Facebook/Jair Messias Bolsonaro)

O ex-presidente Jair Bolsonaro depõe à Polícia Federal (PF), em Brasília, nesta terça-feira (16). O inquérito investiga a possível adulteração dos cartões de vacinação de Bolsonaro, de sua filha e de um ex-ajudante.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A PF investiga se Bolsonaro tinha conhecimento do esquema. Além disso, também investiga se a ordem de acesso ao sistema do Ministério da Saúde partiu do ex-presidente. Nesse sistema, foram inseridos e depois retirados dados sobre a vacinação contra a covid-19.

No início de maio, a PF fez buscas na casa de Bolsonaro. Na ocasião, ele se recusou a depor, justificando que antes precisava ter acesso aos autos. No dia das buscas, Bolsonaro falou com a imprensa e reafirmou que não se vacinou contra a doença.

Além disso, o ex-presidente afirmou que não houve adulteração nos dados de cartão de vacinação dele nem de sua filha Laura.

  • Entre para o Telegram do Money Times!Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

Falsificação é crime nos EUA

A falsificação sob a qual Jair Bolsonaro é suspeito configura crime nos Estados Unidos. Conforme o site da Embaixada dos EUA no Brasil, quem utilizar documento fraudulento não terá acesso ao benefício imigratório, bem como pode enfrentar multa ou prisão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nos EUA, exige-se a comprovação de vacinação. No entanto, conforme exceções previstas pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), um órgão federal dos EUA, pessoas com imunidade diplomática — como era o caso de Bolsonaro quando presidente — têm a possibilidade de realizar testes virais de 3 a 5 dias ou autoisolamento.

No entanto, Bolsonaro pode ter cometido crime se tiver mostrado seu certificado de vacinação, mesmo com a exceção, visto que configuraria a apresentação de documento fraudulento. “Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina, ponto final”, disse o ex-presidente a repórteres, confirmando que seu telefone celular foi apreendido pelos agentes da PF.

“Fico surpreso com uma busca e apreensão por esse motivo, não tenho mais nada o que falar. Meu telefone não tem senha, não tenho nada a esconder sobre nada”, completou Bolsonaro.

*Com Lorena Matos

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Estagiária
Estudante de jornalismo. Foi redatora durante um ano, trabalhando com hard news. Escreve sobre tecnologia, economia, política e empresas.
laura.santos@moneytimes.com.br
Estudante de jornalismo. Foi redatora durante um ano, trabalhando com hard news. Escreve sobre tecnologia, economia, política e empresas.