Internacional

Bolsonaro diz que negociações sobre clima são “jogo comercial”

15 dez 2019, 17:07 - atualizado em 15 dez 2019, 17:07
Jair Bolsonaro
“Por que que eu não aceitei a COP25 no Brasil? Eu não aceitei, eu que decidi. Estariam fazendo aqui um Carnaval no Brasil agora”, disse Bolsonaro (Imagem: Flickr)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que as negociações em torno de metas climáticas são apenas um “jogo comercial” e lembrou que a cúpula do clima da ONU, que terminou neste domingo sem avanços relevantes, não aconteceu no Brasil por uma decisão sua.

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“Por que que eu não aceitei a COP25 no Brasil? Eu não aceitei, eu que decidi. Estariam fazendo aqui um Carnaval no Brasil agora”, afirmou o presidente a jornalistas neste domingo na porta do Palácio da Alvorada ao ser questionado sobre o desfecho da cúpula.

“Quero saber, alguma resolução é para a Europa começar a ser reflorestada ou só ficam perturbando o Brasil? É um jogo comercial, eu não sei como, né, que o pessoal não consegue entender que é um jogo comercial”, acrescentou o presidente.

Ricardo Salles: Brasil, China, Estados Unidos, Austrália e Arábia Saudita lideraram a resistência a uma ação mais ousada (Imagem: Ricardo Salles/Instagram)

A COP25, em seu comunicado final, apoiou apenas uma declaração sobre a “necessidade urgente” de fechar a lacuna entre as emissões atuais e as metas de temperatura do Acordo do Clima de Paris, de 2015 -um resultado que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, chamou de decepcionante.

Brasil, China, Estados Unidos, Austrália e Arábia Saudita lideraram a resistência a uma ação mais ousada, disseram delegados.

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O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, afirmou em nota no Twitter que a cúpula “não deu em nada”. “Países ricos não querem abrir seus mercados de crédito de carbono. Exigem medidas e apontam o dedo para o resto do mundo, sem cerimônia, mas na hora de colocar a mão no bolso, eles não querem”, disse Salles.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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