Política

Bolsonaro volta a atacar eleições e exige resposta do TSE a sugestões das Forças Armadas

27 abr 2022, 19:07 - atualizado em 27 abr 2022, 19:07
Jair Bolsonaro
O presidente disse que uma das sugestões é para que haja um computador para que as Forças Armadas também possam contar os votos no Brasil (Imagem: Flickr/Alan Santos/PR)

O presidente Jair Bolsonaro fez novos ataques, nesta quarta-feira, ao sistema eleitoral brasileiro e exigiu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responda às sugestões apresentadas pelas Forças Armadas para as eleições de outubro.

Durante evento no Palácio do Planalto de desagravo ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) beneficiado por perdão presidencial após ter sido condenado na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro ressaltou ser ele o chefe supremo das Forças Armadas, e disse que os militares não seriam “moldura” ou ficariam apenas “batendo palmas” após serem chamados pelo TSE para participarem do processo eleitoral.

“A gente espera que nos próximos dias o nosso Tribunal Superior Eleitoral dê uma resposta às sugestões das Forças Armadas, porque eles nos convidaram e nós aceitamos, estamos colaborando com o que há de melhor que existe entre nós”, afirmou.

“E essas sugestões todas foram técnicas, não se fala ali em voto impresso. Não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições, mas precisamos de ter uma maneira e ali naquelas nove sugestões existe essa maneira para a gente confiar nas eleições”, reforçou.

O presidente disse que uma das sugestões é para que haja um computador para que as Forças Armadas também possam contar os votos no Brasil.

Ele repetiu que haveria uma sala secreta do TSE em que se centraliza a apuração dos votos fato inverídico e que já foi rebatido várias vezes pela corte eleitoral.

Procurado para comentar as declarações de Bolsonaro, o TSE não respondeu de imediato.

Em tom de ironia, o presidente disse que se quer dar “ar de legalidade” ao processo eleitoral ao convidar observadores internacionais, que, segundo ele, ficariam apenas olhando.

“Que observação é essa, que legalidade, com que segurança pode dizer que aconteceu as eleições”, questionou.

Há duas semanas, a Reuters revelou que em março o TSE havia feito pela primeira vez um convite para a União Europeia ser observadora das eleições deste ano.

Posteriormente, o Itamaraty divulgou um comunicado em que mostrou desagrado do governo com o convite feito pelo TSE.

No evento, Bolsonaro disse sem mostrar evidências novamente– que uma possível suspeição do processo eleitoral não atingira apenas o presidente, mas quem disputa outros cargos eletivos como senador e deputado federal.

Sem citar nomes, Bolsonaro disse que há alguns no Supremo que estariam mandando e desmandando no país.

Para uma plateia repleta de parlamentares, ele afirmou ainda que quem está jogando fora das quatro linhas precisa ser levado “para dentro das quatro linhas”.

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