Eleições

Bolsonaro vs. Lula em 2022: quais serão as promessas eleitorais na economia?

11 maio 2021, 15:01 - atualizado em 11 maio 2021, 15:04
Guedes e Bolsonaro
Bolsonaro buscará o mesmo tom de “liberalismo econômico”, privatizações e redução do Estado (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Qual será o rumo da política econômica no caso de um embate final entre Lula e Jair Bolsonaro em 2022? A MCM Consultores, que vê este cenário como o mais provável, tentou traçar o rumo que cada um deles poderá tomar.

Segundo a análise enviada a clientes, Bolsonaro buscará o mesmo tom de “liberalismo econômico”, privatizações e redução do Estado.

“Apesar do desgaste de Paulo Guedes – no caso, a nosso ver provável, de que permaneça no cargo de ministro da Economia até o período eleitoral –, ele continuará a ser apresentado como guardião da política liberal no eventual segundo mandato de Bolsonaro”, aponta a MCM.

Lula, por sua vez, pode transitar para o centro e se comprometer com alguns preceitos e metas de disciplina fiscal.

Lula
Cenário mundial dará respaldo ao desenvolvimentismo de Lula (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

“No entanto, não assumirá o liberalismo econômico. Ao contrário. Defenderá teses desenvolvimentistas e investirá na ideia da importância da atuação do Estado na economia e no campo social”, aponta a MCM.

A consultoria explica que, como ocorreu após a crise financeira de 2008/2009, o cenário mundial, no qual se destaca o ativismo econômico de Joe Biden, dará respaldo ao desenvolvimentismo de Lula.

“Em suma, se o cenário de polarização Bolsonaro-Lula persistir, como nos parece mais provável, eleitores e agentes econômicos estarão diante de um candidato de extrema direita de retórica radicalizada e defensor do liberalismo econômico e de outro que se posicionará na centro-esquerda, adotará um discurso conciliador e patrocinará um programa de tipo desenvolvimentista para a economia”, conclui a MCM.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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