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Bom ponto de entrada: É hora de decolar junto com a CVC (CVCB3), diz Itaú BBA; ação pode saltar mais de 50%

16 jan 2024, 12:39 - atualizado em 16 jan 2024, 12:39
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CVC tem cobertura inicia por Itaú BBA com recomendação de “outperform” (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

O Itaú BBA iniciou a cobertura das ações da CVC Corp (CVCB3) com recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a compra) e preço-alvo ao fim de 2024 de R$ 5,10, o que implica um potencial de valorização de 52,2% sobre a cotação atual.

Em relatório publicado no início desta semana, o banco diz que o momento de a CVC decolar chegou. Além de sua escala – a empresa é um dos maiores players do segmento de agências de viagens na América Latina -, analistas destacam outras “vantagem competitivas bem definidas”, como reconhecimento de marca e extensa distribuição, o que permite que a companhia se beneficie de condições do lado da oferta no mercado brasileiro, particularmente o alto grau de fragmentação no setor hoteleiro.

Tudo isso, a CVC faz com sua marca e com um modelo de negócio asset-light, acrescenta o time de análise. “[A CVC] não possui aviões, hotéis ou ônibus.”

Uma CVC mudada

O BBA também cita as mudanças realizadas pela companhia em relação aos anos anteriores, tanto dentro da sua alta administração (trouxe de volta alguns nomes ao quadro de funcionários e a família fundadora se tornou novamente acionista) quanto na estratégia operacional.

“Após realizar um renegociamento de dívida e levantar R$ 776 milhões para reforçar a estrutura de capital, a companhia adotou um novo plano de negócio ‘back-to-basics‘ focado em: (i) vendas assistidas de produtos exclusivos, (ii) financiamento alternativo para o consumidor, (iii) abertura de lojas físicas e produtividade crescente, (iv) melhora no mix de produtos e aumento de take rates, e (v) redução de despesas”, lista Victor Rogatis e o time de análise que assina o relatório.

  • Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) dispara; mas outra varejista ainda é a preferida para investir agora. Confira a recomendação do analista Fernando Ferrer no Giro do Mercado desta terça-feira (16):

    O foco da CVC no canal offline é uma carta na manga contra agências de viagens online, diz o BBA. Segundo a instituição, considerando que cerca de 47% das reservas de turismo no Brasil são realizadas em pontos físicos de venda, a companhia é capaz de atingir um grupo de consumidores que agências de viagens online e aéreas têm muita dificuldade em alcançar.

“E isso se torna uma proposta de valor significativa para as aéreas, diferentemente das agências de viagens online, que não costumam ter essa presença física”, completam os analistas.

CVC mais desalavancada em 2025

Pelas estimativas do BBA, o ROIC (retorno sobre o capital investido, traduzido para o português) da CVC pode ficar acima de 30% nos próximos anos.

O banco também antecipa uma grande desalavancagem em 2025, com 90% da dívida da empresa sendo de longo prazo.

“Em relação à amortização em 2025 e 2026, acreditamos que a CVC é capaz de estender o pagamento, se necessário, ou descontar mais recebíveis para o pagamento.”

O cenário-base do BBA não considera a companhia realizando mais ofertas de ações para reforçar sua estrutura de capital.

Bom ponto de entrada

O BBA vê um cenário mais benéfico para a CVC à frente, bem como para o setor de turismo no geral, que “tem se aproximado mais dos níveis pré-pandemia a cada trimestre”.

Analistas esperam que o mercado revise as estimativas para os resultados conforme a companhia entrega números promissores, o que já começou no terceiro trimestre do ano passado.

Após uma performance fraca das ações (-12% em um mês e -27% em 12 meses), o BBA acredita que existe um bom ponto de entrada na tese, embora espere que a companhia comece a reportar lucro consolidado positivo apenas no segundo semestre de 2024.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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