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BP conta próximos passos após realizar a maior descoberta de petróleo em 25 anos

20 ago 2025, 7:00 - atualizado em 19 ago 2025, 16:26
BP petróleo
A BP contou os planos após maior descoberta em mais de duas décadas (Foto: Reuters/Phil Noble)

O Brasil é o local da maior descoberta de petróleo e gás realizada pela BP em 25 anos. No início deste mês, a companhia anunciou a perfuração do poço exploratório pioneiro 1-BP-13-SPS, que chamou atenção do mercado. Apesar de ainda não ter uma avaliação sobre o potencial total da bacia, a notícia trouxe ânimo e marca mais um passo da BP no segmento.

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O movimento ocorreu no Campo Bumerangue, na bacia de Santos, a 404 km do Rio de Janeiro, a uma profundidade de 2.372 metros. A perfuração teve profundidade total de 5.855 metros.

Ao Money Times, a multinacional sediada no Reino Unido afirmou que os próximos passos consistem em dar início às análises laboratoriais para caracterizar melhor o reservatório e os fluidos, além de atividades de avaliação adicionais, que ainda dependem de aprovação regulatória.

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A XP Investimentos vê a maior relevância do anúncio da BP em mostrar que ainda há potencial para descobertas significativas no pré-sal da Bacia de Santos.

“Nos chamou atenção a extensão da coluna de hidrocarboneto de 500m (bem relevante em comparação com os 200-300m de outros campos gigantes do pré-sal), embora a área estimada do reservatório, de cerca de 300 km², não nos pareça tão grande quanto Tupi, Libra ou Búzios”, coloca a equipe de analistas liderada por Regis Cardoso.

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Apesar de avaliarem positivamente o anúncio, a expectativa da casa é que o processo de delimitação da descoberta e desenvolvimento do campo ainda demore anos até que ocorra a produção do primeiro óleo.

BP avança no segmento

O ano de 2025 está marcado por descobertas relevantes para a BP, que detém participação em oito blocos offshore (no mar) em três bacias no Brasil, sendo operadora em quatro deles. Neste ano, a companhia já anunciou 10 descobertas globais.

Segundo a empresa, o movimento está alinhado ao plano de ampliar a produção de upstream para 2,3–2,5 milhões de boe (barris de óleo equivalente) por dia até 2030, com mais projetos, maiores reservas e margens unitárias, sustentando fluxo de caixa e crescimento de longo prazo.

No caso do bloco Bumerangue, a BP o arrematou em dezembro de 2022, com limite de recuperação de óleo de 80% e o percentual de excedente em óleo de 5,9%

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Além da campanha de perfuração neste bloco em 2025, a BP tem planejado um poço de exploração para o bloco Tupinambá em 2026.

Por um período, o foco da companhia se direcionou para energias renováveis. No entanto, a tentativa de transição não teve o êxito esperado, levando a um fraco desempenho das ações, listadas em Londres. Agora, a atenção retoma aos combustíveis fósseis.

“A BP fez um ‘reset’ estratégico em fevereiro de 2025, após concluir que seu otimismo com uma transição energética acelerada avançou rápido demais na redução de hidrocarbonetos”, disse a companhia em nota ao Money Times.

O que está no radar da BP?

A BP conta que o cenário global, com o impacto de pandemia, guerra na Ucrânia, recessão e pressão por energia de menor custo, despertou a busca por um reequilíbrio do portfólio, o que levou a elevar em cerca de 20% o investimento em óleo e gás para garantir segurança energética e atender à demanda prevista até 2035, sem abandonar investimentos em bioenergia, biocombustíveis, hidrogênio e captura de carbono.

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“O Brasil é um país importante para a BP. Seu sistema de energia oferece uma base de crescimento significativa – e a BP pretende se tornar uma das principais parceiras de energia do Brasil, incluindo a ambição de explorar o potencial de estabelecer um hub de produção significativo e vantajoso no país”, diz.

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A empresa explora novos recursos de petróleo e gás em 8 blocos offshore, incluindo um programa de perfuração operado nas Bacias de Santos.

E a Petrobras nessa história?

Durante evento após o anúncio da BP, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, respondeu sobre a descoberta. Questionada se poderia buscar uma parceria com a concorrente britânica no ativo, a executiva afirmou que a companhia está aberta, embora esteja satisfeita com o próprio portfólio.

“Temos alguma informação sobre aquela área, vamos ver o que eles tem na mão de fato. Em princípio, estamos satisfeitos com os ativos que nós temos, mas se houver uma possibilidade real e atrativa, as portas não estão fechadas de jeito nenhum”, disse ela.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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