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BR Distribuidora “arrumou a casa” enquanto enfrenta a pandemia, dizem analistas

11 jun 2020, 7:17 - atualizado em 11 jun 2020, 9:04
BR Distribuidora BRDT3
A empresa obteve um lucro líquido de R$ 234 milhões, queda de 50,9% ante o mesmo período do ano passado (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A administração da BR Distribuidora (BRDT3) decidiu aproveitar a pandemia para realizar uma ofensiva comercial com o objetivo de ganhar participação de mercado, enquanto “arrumava a casa” na questão dos custos de vendas e despesas operacionais.

“Enquanto um trimestre ruim já era esperado, nós reconhecemos o progresso feito pela BR Distribuidora nos cortes de custos e na estratégia comercial”, avaliam os analistas do BTG Pactual em um relatório enviado a clientes após a apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2020.

A empresa obteve um lucro líquido de R$ 234 milhões, queda de 50,9% ante o mesmo período do ano passado, em meio a impactos da pandemia de coronavírus que reduziram os volumes de venda e as receitas das empresa.

Estratégia

A margem bruta ajustada despencou R$ 54 na passagem trimestral, a R$ 116 o m/3, o que sugere a adoção de uma estratégia de venda dos estoques a um preço menor para agradar os revendedores e ganhar participação de mercado.

“Isso é particularmente importante para uma companhia em que um melhor relacionamento com os vendedores é crucial para a manutenção de um crescimento sustentável”.

Os custos de vendas e despesas operacionais vieram em linha com o esperado pelos analistas, o que sugere que a empresa está no caminho de entregar o que foi prometido neste quesito. “Os investidores certamente irão apreciar isso”.

O BTG continua com a recomendação neutra com a expectativa que a empresa precisaria entregar uma margem acima daquela indicada pela administração para destravar algum valor adicional.

Os custos de vendas e despesas operacionais vieram em linha com o esperado pelos analistas (Imagem: REUTERS/Diego Vara)

Proventos

A empresa anunciou ontem pela manhã que o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) a acionistas foi adiado para até 30 de dezembro, ante data originalmente prevista de até 30 de junho.

A medida da empresa de combustíveisque tem a Petrobras (PETR4) como maior acionista, está associada às incertezas relacionadas à atual crise causada pelo coronavírus, segundo comunicado divulgado na noite de terça-feira.

“Reitera-se que essa medida tem caráter precaucional, em face das incertezas trazidas pela atual conjuntura, e que a companhia mantém a intenção de realizar os pagamentos tão logo tenha visibilidade das condições para fazê-lo, em função da sua gestão de caixa e desdobramentos da pandemia”, disse a BR no comunicado, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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