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BR Distribuidora reúne ações baratas e resultados fortes, apontam analistas; ações saltam 5%

12 maio 2021, 16:33 - atualizado em 12 maio 2021, 16:46
BR Distribuidora Posto de Combustíveis
Para o Safra, os preços mais altos mais do que compensaram a queda nos volumes (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Os resultados da BR Distribuidora (BRDT3) animaram os analistas e os mercados. Por volta das 16h27, as ações da empresa subiam 5,18%, a R$ 25,16.

A companhia reportou lucro líquido de R$ 492 milhões no primeiro trimestre, salto de 110% ante mesmo período de 2020.

Mesmo assim, a cifra ficou abaixo das projeções do BTG Pactual devido as perdas não monetárias relacionadas ao câmbio e o maior reconhecimento de imposto de renda.

“O controle de despesas também contribuiu positivamente, apesar das deseconomias de escala de volumes mais fracos”, afirmam os analistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Luiz Temporini.

Para a Ativa Investimentos, a BR apresentou maiores margens brutas de comercialização, decorrentes da variação dos estoques ocorrida devido ao aumento nos preços internacionais de combustíveis.

“Ainda que os volumes ainda apresentem efeitos negativos referentes aos desdobramentos da pandemia, o ganho de eficiência e a comprovação de rentabilidade em momentos de maior estresse nos conferem uma expectativa positiva quanto à recepção dos resultados pelo mercado”, aponta Ilan Arbetman.

Além disso, ele lembra que a companhia continua recuperando seu espaço no mercado. O market share médio ficou em 28,1%, evolução de 2,5 pontos percentuais.

“A companhia embandeirou mais 36 postos no trimestre, o que fez a adição anual alcançar 240 postos e o total de postos da companhia chegar a 8.058”, diz.

Para o Safra, os preços mais altos compensaram a queda nos volumes, o que gerou uma receita líquida de R$ 26.133 milhões.

Enxugamento de gastos

Os analistas também aprovaram o plano da empresa para cortar gastos. A BR pretende reduzir as despesas de 2022 em R$ 250 milhões em relação a 2020.

As iniciativas incluem melhorias no sistema de preços, racionalização da remessa e canais de venda e controle de custos no negócio de lubrificantes.

“Se implementado com sucesso, essas iniciativas serão mais um passo para a melhoria da rentabilidade. Esses gastos irão adicionar uma economia de R$ 200 milhões”, diz Conrado Vegner, que assina o relatório do Safra.

Já a equipe do BTG argumenta que se a companhia conseguir implementar o plano, a BR não só se tornaria a líder indiscutível do setor em termos de eficiência, “como também poderíamos estar olhando para margens de longo prazo que estão mais de R$ 20/m³ acima de nossas estimativas atuais”.

BR Distribuidora BRDT3
Para o BTG, a proposta de valor da companhia é forte e possui um valuation atraente (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Ação barata e promissora

Na visão do BofA, o papel da BR é um das principais opções entre as ações de petróleo e gás da América Latina.

“Vemos benefícios importantes para o crescimento a médio e longo prazo de um cenário econômico mais favorável, conforme a economia se recuperar”, afirma.

Para o BTG, a proposta de valor da companhia é forte e possui um valuation atraente.

“A melhoria da execução comercial da BR, permitindo um crescimento de maior qualidade, juntamente com um valuation pouco exigente e riscos de alta para nossas estimativas, cria uma história de risco-retorno bastante única no segmento de distribuição de combustível”, conclui.

Recomendação

Corretora Recomendação Preço-alvo
BTG Compra R$ 27
BofA Compra R$ 34
Ativa Compra R$ 27
Safra Compra R$ 25,90

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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