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‘Pouco espaço para erro’: Itaú revisa Bradesco (BBDC4) após resultados no 3T24; veja potencial

12 nov 2024, 9:27 - atualizado em 14 nov 2024, 21:48
Bradesco
(Imagem: iStock/Joa_Souza)

O Bradesco (BBDC4) embalou rali após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, mas voltou a amargar perdas nas últimas sessões.

Desde 28 de outubro, a ação já acumula queda de 10%, com resultados que, apesar de positivos, mostraram recuperação mais lenta.

Mas para o Itaú BBA, o banco ainda carrega bom potencial. A corretora reafirmou recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 17, potencial de alta de 26% ante o último fechamento. A ação negocia com preço sobre valor patrimonial (P/B) de 0,85x preço sobre lucro de 6,3x.

Mesmo assim, o BBA cortou estimativas do bancão, em meio à piora do cenário, com redução do lucro por ação em 3%, já que NIMs (margem de juros líquida) mais baixos tiveram um custo de risco correspondentemente menor.

“O Bradesco está se concentrando mais em retornos ajustados ao risco (e ao capital), uma combinação de clientes mais seletiva e produtos. Saudamos essa implantação prudente de capital em um ambiente de crédito potencialmente pior em 2025; há pouco espaço para erro”, diz.

Além disso, os analistas celebram as apostas da alta renda, com lançamento de novos produtos, e mais fusões e aquisições hospitalares na área da saúde. O Bradesco possui parceria com a Rede D’or (RDOR3) para a construção e ampliação de hospitais.

“No geral, a recuperação do Bradesco ainda está em seus primeiros passos e é menos acentuada e menos empolgante, mas esperamos que os resultados ainda tendam a subir trimestre após trimestre, para 20% em 2025, atingindo um ROE (retorno sobre o capital) de 14% até o final do ano”.

Bradesco: Prudência e caldo de galinha…

O Itaú BBA destaca que o Bradesco até poderia acelerar os empréstimos mais arriscados, o que agradaria os mercados (os indicadores de crédito ainda estão bons), mas ter que puxar o freio de mão no ano que vem seria extremamente negativo para a credibilidade e os números.

“O macro atual é muito benigna para os consumidores, mas a perspectiva para 2025 mudou para pior com taxas mais altas. Priorizar o livro de empréstimos de maior qualidade reduz o risco, especialmente porque não há muito espaço para erros”, coloca.

Ainda segundo os analistas, a gestão do banco está seguindo o combinado: primeiro, as provisões cairiam, depois o livro de empréstimos aceleraria, seguido pelo NII (margem financeira) e, por último, em 2026, a eficiência.

“Atualmente, estamos na transição do livro de empréstimos para o NII. O terceiro trimestre mostrou que a recuperação do NIM será mais lenta, dadas as estratégias de crédito interno e do setor, mas a história está se encaminhando. A administração está investindo e sendo prudente”.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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